Da tribuna, Pedro Vilela defende reforma de privilégios de autoridades

O deputado Pedro Vilela (AL) chamou atenção para a quantidade de recursos públicos destinados ao pagamento de benefícios a autoridades. Em discurso nesta sexta-feira (10), o tucano defendeu a realização da “reforma de privilégios” como uma das reformas necessárias para o país. Segundo ele, as mudanças na legislação trabalhista e previdenciária devem ser acompanhadas de alterações no sistema de privilégios.

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Vilela cita como exemplo o orçamento de Maceió, capital do estado representado por ele, Alagoas. O valor referente a 2017 foi de R$ 2,3 bilhões para custear escolas públicas, postos de saúde, entre outros serviços para uma população de mais de 1 milhão de pessoas. Enquanto isso, o orçamento da Câmara, com 513 deputados, foi de R$ 5,9 bilhões. “Estamos falando de quase três vezes o orçamento de uma capital como Maceió”, disse.

Além disso, existe o custo do Senado Federal, com 81 parlamentares: R$ 4,5 bilhões. Somando as duas Casas, são R$ 10,2 bilhões. “É aproximadamente o tamanho do orçamento de todo o Estado de Alagoas para cuidar da educação, da saúde e da segurança de mais de 3 milhões de alagoanos”, comparou.

Vilela questionou a destinação dos recursos públicos arrecadados nas esferas federal, estadual e municipal. Segundo ele, boa parte dos valores vai para o sustento de privilégios incorporados em setores do serviço público, como parlamentares, juízes, procuradores e promotores.

Ele ressalta o contraste de realidades visto no país: um juiz recebe auxílio para matricular o filho em uma creche particular, mas escolas públicas enfrentam a falta de materiais. “O que é mais importante: que as autoridades tenham direito a rodar em carros oficiais, ou esse dinheiro ser destinado à compra de viaturas e equipamentos para que as polícias do país possam cumprir seu dever?”, indagou. Vilela fez um apelo para que os deputados se sensibilizem com a pauta da reforma de privilégios, muito desejada pelo povo brasileiro.

(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola)