Pedro Cunha Lima volta a cobrar redução do custo da máquina pública

O 1º vice-líder do PSDB na Câmara, deputado Pedro Cunha Lima (PB), levantou o debate sobre privilégios garantidos a algumas categorias, enquanto milhões de brasileiros sofrem com a falta de estrutura nos serviços públicos. Da tribuna, o tucano afirmou que o país prioriza as vantagens a parlamentares, promotores, ministros e outras autoridades.

“O pobre fica com a sobra”, lamentou. Cunha Lima destacou o contraste de realidades: deputados contam com verbas de gabinete, mas um professor de escola pública recebe salário de R$ 2,2 mil para assumir a responsabilidade do futuro do país. Ele acrescenta que detentores de altos cargos recebem auxílio-creche para colocar os filhos em escolas privadas, ao mesmo tempo em que mães de família enfrentam a falta de vagas em creches públicas.

“Por que nós ainda não conseguimos enfrentar isso com a dignidade que o tema exige? O que está faltando para nós percebermos que a pobreza do nosso país deve servir para todos nós?”, questionou o parlamentar. Cunha Lima destaca que as demandas das autoridades vêm sempre em primeiro lugar no Brasil.

Ele acrescenta que nunca falta nada a juízes e desembargadores. Por outro lado, ao paciente do hospital público faltam médicos, remédios e até mesmo cama. “Será que o pobre não tem direito?”, reprovou. Cunha Lima esclarece que o alerta vale para todas as categorias da “elite das autoridades” do país.

Segundo o deputado, o Congresso precisa fazer uma reforma dos privilégios antes de debater a reforma da Previdência. A mudança do custo da máquina pública é urgente para atender as necessidades do Brasil real, completou.

(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola)