Luxemburgo quer oferecer satélites de comunicação para as fronteiras do Brasil

O Grão-Ducado de Luxemburgo, membro fundador da União Europeia, pretende oferecer sua tecnologia de satélites de comunicação destinados aos programas de vigilância de fronteiras brasileiros. Foi o que o Embaixador Carlo Krieger afirmou em visita à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados na semana passada. No encontro com a presidente da CREDN, Bruna Furlan (SP), ele afirmou que o Brasil, primeiro país da América do Sul onde Luxemburgo abriu uma Embaixada, segue sendo um parceiro estratégico em termos econômicos, comerciais e culturais.

O desenvolvimento de satélites transformou Luxemburgo em uma das maiores potências mundiais em tecnologia da informação e comunicação. “Temos interesse em que o Brasil conheça melhor essa tecnologia para apoiar os seus projetos de vigilância e fiscalização de fronteiras, mas que também podem ser aplicados em programas voltados ao setor do agronegócio”, destacou.

Além disso, fundos de investimentos de Luxemburgo pretendem fortalecer as relações econômicas com o Brasil.  Em 2013, o estoque de investimentos deste país no Brasil registrou US$ 14,7 bilhões, o que faz de Luxemburgo o 12º maior investidor estrangeiro no Brasil com destaque para o setor siderúrgico. Em 2014, os investimentos de Luxemburgo somaram US$ 6,6 bilhões, enquanto o Brasil investiu US$ 1,9 bilhão naquele país.

Na avaliação de Bruna Furlan, Luxemburgo desempenha papel de relevo na articulação de posições no âmbito da União Europeia e a presença no país de importante comunidade lusófona (cerca de 16% da população é de origem portuguesa) facilita a abertura de canais de comunicação com o Brasil.

“Luxemburgo também apoia as iniciativas comerciais entre a UE e o MERCOSUL e espera que o tratado de livre comércio seja firmado ainda neste ano, o que coincide com as nossas melhores expectativas”, afirmou a deputada.

(Da assessoria da CREDN/foto: Benjamin Sepúlveda)