Na reta final
Especialistas participam de comissão geral para debater reforma tributária
Nesta quinta-feira (28), a partir das 10 horas, o Plenário da Câmara dos Deputados se transforma em comissão geral para discutir a reforma tributária. Estão confirmadas as presenças de pelo menos 16 técnicos e especialistas indicados pelos partidos para analisar os diferentes aspectos e impactos que a reforma terá sobre os setores da economia. O PSDB convidou o economista José Roberto Afonso, consultor da FGV, e Hélcio Honda, diretor titular do Departamento Jurídico da Fiesp.
“São especialistas experientes que poderão analisar a proposta e contribuir para o seu aprimoramento”, disse o relator na Comissão Especial que trata da reforma tributária, deputado Luiz Carlos Hauly (PR). Embora os debates estejam avançados e ele já tenha percorrido boa parte do país discutindo e analisando a proposta, o parlamentar afirma que o diálogo está aberto.
“Estamos ainda na fase de consolidação e ajustes do texto constitucional e dos textos infraconstitucionais. Portanto, abertos ao diálogo com a União, governos estaduais, municipais, empresários e trabalhadores”, afirmou ele. Para o deputado, os próximos dois meses serão cruciais para o encaminhamento e início da votação da emenda constitucional e dos projetos de lei infraconstitucionais que são complementares.
Entusiasmado, ele reitera que a mudança proposta é radical: a incidência, hoje centrada no consumo, passará a incidir sobre a renda. Ele argumenta que o processo será uma reengenharia tributária, com o uso de novas tecnologias e softwares para universalizar o uso da nota fiscal eletrônica e a cobrança no ato da compra, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos e outros países.
“Será um momento especial e tenho a expectativa de que essa reunião tenha grande utilidade para o esclarecimento a todos aqueles que ainda não estão totalmente a par da necessidade de uma reforma completa, integral, simplificadora, tecnológica e de inclusão social”, afirmou. Para ele, a consequência dessa proposta será a recuperação da economia e a geração de milhões de empregos. A meta estimada, caso essa proposta seja aprovada, é garantir um crescimento, continuado e sustentado, de 5% a 7% ao ano. A expectativa geral é a criação de um ambiente favorável para beneficiar empresas de todos os portes e o conjunto da economia.
(Ana Maria Mejia/ Foto: Alexssandro Loyola/Áudio: Hélio Ricardo)
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