Eleições de 2018
Prazo para aprovação da PEC da reforma política está se esgotando, alertam parlamentares
Parlamentares do PSDB cobraram agilidade na votação da Proposta de Emenda à Constituição 282/16, que trata da reforma política. Está se esgotando o prazo para que a reforma seja aprovada a tempo de valer já nas eleições de 2018. A matéria precisa passar na Câmara e no Senado até 7 de outubro.
O plenário da Câmara deve dar início nesta terça-feira (5) à discussão da PEC. Relatada pela deputada Shéridan (RR), ela determina o fim das coligações partidárias para as eleições proporcionais e a criação de uma cláusula de desempenho para acesso a recursos do Fundo Partidário e ao horário gratuito de rádio e TV.
O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), reforçou nesta segunda-feira (4) a necessidade de cumprir o prazo para votação. O tucano vê com preocupação a demora em levar o tema a plenário. “Essa reforma é uma expectativa grande da população. É preocupante porque estamos praticamente encerrando o prazo”, alertou. A PEC precisa passar por dois turnos de votação com 308 votos favoráveis.
No Salão Verde da Câmara, Shéridan afirmou que seu trabalho está pronto e todos os prazos foram cumpridos, mas a votação em plenário independe de sua vontade. “O que eu pude fazer como relatora, na construção desse texto, foi feito. Não depende mais de mim”, declarou. Segundo a tucana, a grande discussão hoje na Casa é sobre o sistema eleitoral, e o texto da PEC foi montado para se aplicar ao sistema atual e ao próximo, ainda em debate.
Shéridan explica que essa pode não ser a reforma ideal, mas é uma proposta que trata de eixos importantes do sistema político-eleitoral. “Estou pronta para defender a PEC em plenário e dar essa satisfação à sociedade brasileira. É uma reforma possível e uma demonstração de respeito deste Parlamento com a população”, completou.
Da tribuna, o deputado Marcus Pestana (MG) lembrou que a janela de oportunidade para aprovação da PEC está se fechando. “Se não votarmos mudanças substantivas no processo de organização do nosso sistema partidário e eleitoral e nas formas de financiamento, deixaremos vácuos que certamente o STF e o TSE vão suprir e não daremos as respostas que a sociedade espera”, alertou. Nesta terça-feira também está prevista sessão do Congresso para analisar a revisão da meta fiscal do governo (PLN 17/17), relatada por Pestana.
FIM DAS COLIGAÇÕES
O substitutivo aprovado na comissão especial que analisou a PEC 282 proíbe as coligações para as eleições proporcionais a partir das eleições de 2018, caso a matéria seja promulgada a tempo. As coligações serão permitidas apenas para os cargos majoritários (prefeito, governador, presidente da República e senador). Haverá uma transição da cláusula de desempenho até 2030 quanto ao índice mínimo de votos obtido nas eleições para a Câmara dos Deputados ou de deputados federais eleitos. Esse índice será exigido para acesso ao Fundo Partidário e ao horário gratuito de rádio e TV.
(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola)
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