Homenagem
Em sessão solene, Izalci destaca papel desempenhado pela maçonaria em prol do Brasil
A Câmara promoveu nesta sexta-feira (18) sessão solene em homenagem ao Dia do Maçom Brasileiro, comemorado em 20 de agosto. A iniciativa foi proposta pelo deputado Izalci (DF), que destacou a importância da maçonaria na construção da história brasileira e apontou as contribuições que os maçons podem dar para o futuro do país.
PEDREIRO SOCIAL
Como lembrou o tucano, o maçom é o pedreiro social, cujo maior trabalho é fazer o bem ao próximo, pois assim faz o bem à humanidade. “Tudo começou quando pedreiros de profissão se uniram a outros profissionais para formar uma associação que atravessou séculos de lutas, mas sempre com a verdade e a igualdade como ideais”, destacou.
O tucano ressaltou que os maçons devem sempre ser louvados pelo amor ao Brasil. Izalci citou importantes nomes da história nacional como Dom Pedro II, José Bonifácio, Duque de Caxias e José do Patrocínio – maçons que legaram extraordinários momentos de luta e sacrifícios no período monárquico e imperial.
Diante do exemplo destes maçons, o deputado afirmou que cabe aos irmãos de hoje empreender a grandiosa tarefa de buscar um movimento de libertação no tempo atual contra as injustiças sociais, a corrupção e outras tantas mazelas. “No nosso país estamos diante de um grande desafio, talvez o maior desde o início de nossa República. Os últimos governantes lançaram o país no meio da violência e corrupção por falta de honradez com os compromissos”, alertou.
Izalci destacou que a data 20 de agosto é uma referência ao dia de 1822 em que os maçons deliberaram pela independência do Brasil, uma mostra da influência e força dos irmãos. “Aos maçons de ontem nossa homenagem, aos de hoje nosso louvor, a todos nossos agradecimentos por sabermos que estaremos sempre juntos para o bem e pelo bem do Brasil”, disse o tucano.
Durante a homenagem, um vídeo institucional sobre a ordem maçônica foi apresentado em Plenário, no qual foi ressaltado que a maçonaria se traduz em uma filosofia de vida que subordina o material ao espiritual, que é tolerante, mas não indiferente; que busca a verdade, mas não define a verdade. A maçonaria é praticada por mais de 200 mil maçônicos no Brasil, com destaque para o Grande Oriente.
O soberano grão-mestre do Grande Oriente do Brasil, Marcos José da Silva, vários outros grão-mestres, irmãos e cunhadas, além de apejotistas participaram da homenagem. Silva destacou que os maçons têm uma responsabilidade diante dos desafios do Brasil e lembrou que eles vão além da luta contra a corrupção. “Meu maior medo é a juventude que está sendo criada num ambiente em que se faz uso da máquina para que poucos se aproveitem, enquanto muitos sofrem a falta de atendimento médico e de emprego”, disse.
O grão-mestre adjunto do Grande Oriente do DF, Reginaldo Gusmão de Albuquerque, destacou que, apesar do grande e importante respeito dos maçons pelo passado, a maçonaria deve ter um olhar para o futuro. “Só assim ajudaremos a sociedade. A maçonaria tem muito a contribuir. Temos o ideal comum de tornar feliz a humanidade. É nisso que temos trabalhado. Queremos reformas não só para os políticos, mas para a sociedade. Todos nós temos que melhorar, aparar as pequenas e grandes corrupções cometidas no cotidiano. Para cobrarmos ações efetivas temos que fazer nossa parte”, discursou.
Albuquerque afirmou que a maçonaria brasileira defende o parlamentarismo como sistema de governo no Brasil e o fim do foro privilegiado. “As pessoas devem ser tratadas com igualdade”, disse. O deputado Izalci encerrou a sessão afirmando acreditar que a mudança no sistema de governo e uma mudança de postura de toda a sociedade poderão ajudar a construir um país melhor, já que os representantes escolhidos pelo povo refletem aquilo que o povo é.
(Reportagem: Djan Moreno/foto: William Sant´Ana)
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