Carta da Formulação e Mobilização Política


Temos vagas – Análise do Instituto Teotonio Vilela

logo-itvA recuperação da economia brasileira ainda é incipiente e tímida. No entanto, vem ocorrendo onde se faz mais necessária: na geração de empregos. Lentamente, voltam a ser criadas vagas de trabalho, agora puxadas por vários setores e não apenas pelo campo. O mundo real está dizendo à política: superem a crise que vocês criaram que o país decola!

Mais uma manifestação da recuperação veio dos resultados do Caged em julho, divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. No mês, foram abertas quase 36 mil novas vagas com carteira assinada. É o quarto período consecutivo no azul e o quinto resultado mensal positivo em 2017 até agora – apenas em janeiro e março houve fechamento de postos.

Julho costuma ser época tradicionalmente ruim para o mercado de trabalho. Não foi o caso desta vez. Além disso, a expectativa de analistas era de, no máximo, um resultado timidamente positivo, mas os números vieram acima até das melhores projeções. Em julho de 2016, haviam sido fechadas 95 mil vagas.

No ano, já são 103 mil novas vagas abertas no total – em julho de 2016, a perda acumulada era de 623 mil vagas. Ao contrário do que vinha ocorrendo, a alta se disseminou por todos os setores da economia; o fardo não está mais apenas sobre as costas da agropecuária.

Agora cresceram também os empregos na indústria – que teve o primeiro resultado positivo desde janeiro de 2014 e liderou as contratações no mês, com 12,6 mil novos postos – e na construção civil, que há 33 meses consecutivos não tinha geração líquida de vagas.

No mês passado, o IBGE já havia dado a primeira boa notícia no campo das suas estatísticas de emprego, que também abarcam as vagas informais, ou seja, sem carteira assinada, no país. Já tem gente achando que o desemprego pode cair num ritmo mais rápido do que se previa até agora. Oxalá.

No trimestre encerrado em junho, a taxa de desocupação teve sua primeira queda significativa desde o fim de 2014 e a população desocupada caiu quase 5%, o que representa 700 mil pessoas a menos. Registre-se, porém, que o bom resultado deve-se mais a altas no lado informal da economia, com trabalho sem carteira assinada e por conta própria.

Mesmo com os números positivos ao longo deste ano, o balanço de contratações e demissões no setor formal da economia ainda é negativo para períodos mais longos. Em 12 meses, o saldo é de 656 mil empregos perdidos, de acordo com estimativas da Tendências Consultoria publicadas pelo Valor Econômico (ontem os números oficiais só foram divulgados parcialmente pelo ministério).

A economia está mandando seu recado ao mundo da política: o Brasil precisa, quer e está preparado para voltar a produzir e gerar empregos. Basta que as crises que Brasília gera, às vezes num processo de combustão espontânea, cessem. Os brasileiros estão prontos para trabalhar para superar os erros que o PT cometeu e nos deixou de herança.

(fonte: ITV)

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10 agosto, 2017 Últimas notícias Sem commentários »

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