Crise econômica
Deputados repudiam qualquer tipo de aumento na alíquota do Imposto de Renda
Deputados do PSDB repudiaram qualquer possibilidade de aumento da alíquota do Imposto de Renda (IR) pelo governo federal. Na manhã de ontem, o presidente Michel Temer afirmou que a equipe econômica estudava a mudança das alíquotas. Em seguida, o Palácio do Planalto informou que não encaminhará ao Legislativo qualquer medida nesse sentido. Um possível aumento afetaria os trabalhadores, que pagam imposto de até 27,5% do salário todos os meses.
Da tribuna, o deputado Rocha (AC) afirmou que acompanhou com preocupação a iniciativa do governo de criar novas alíquotas sobre os rendimentos. Apesar do recuo do Planalto, o tucano continuará a trabalhar contra qualquer tipo de aumento da carga tributária brasileira. “Não dá mais para ver o podo pagando a conta de toda essa patifaria. O Brasil vive uma crise ética e moral que tem feito com que a economia seja álibi para a proteção de quem comete crimes”, lamentou.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou em entrevista que a proposta em estudo pela área técnica da pasta não era adequada, portanto, não seria aprovada. Ele disse que o aumento de impostos é a última alternativa para reequilibrar as contas públicas. A equipe econômica quer aumentar a arrecadação – no primeiro semestre, o déficit primário ficou em R$ 56 bilhões. Foi o pior resultado para o período desde o início da série histórica, em 1997.
Na avaliação do deputado Lobbe Neto (SP), além de impedir qualquer aumento das alíquotas, o governo federal deveria atualizar a tabela do IR. “Além de não aumentar, é preciso corrigir a tabela, principalmente para os assalariados e a classe média, que pagam impostos diuturnamente neste país”, disse.
O deputado Fábio Sousa (GO) alerta que, com o aumento de impostos, a população deixa de comprar e não há investimentos no mercado. A economia desanda e a inadimplência aumenta. “Em época de crise econômica, falar de aumento de imposto é insano. Você não pode tirar o dinheiro de circulação”, criticou.
(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola/Áudio: Hélio Ricardo)
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