Diplomacia


Bruna Furlan almoçou com chanceleres do Mercosul que decidiram pela suspensão da Venezuela

A presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, Bruna Furlan (SP), participou no último sábado (5), em São Paulo, de almoço oferecido pelo chanceler brasileiro, Aloysio Nunes Ferreira, aos colegas da Argentina, Uruguai e Paraguai, países-fundadores do Mercosul que decidiram por suspender a Venezuela do bloco.

Chanceleres se reuniram em São Paulo no último sábado. Prefeito João Dória esteve no encontro.

A presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, Bruna Furlan (SP), participou no último sábado (5), em São Paulo, de almoço oferecido pelo chanceler brasileiro, Aloysio Nunes Ferreira, aos colegas da Argentina, Uruguai e Paraguai, países-fundadores do Mercosul que decidiram por suspender a Venezuela do bloco.

Na oportunidade, ela manifestou preocupação com o impacto das sanções junto aos venezuelanos. Segundo a deputada, “a Venezuela atravessa uma gravíssima crise que é política, mas também humanitária. Entendo que a decisão adotada pelo Mercosul busca preservar a população daquele país que carece de alimentos, medicamentos e liberdade”.

Em ato firmado pelos ministros Aloysio Nunes Ferreira, do Brasil; Jorge Faurie, da Argentina; Rodolfo Nin Novoa, do Uruguai; e Eladio Loizaga, do Paraguai, os países fundadores do Mercosul decidiram:

1) Suspender a República Bolivariana da Venezuela de todos os direitos e obrigações inerentes à sua condição de Estado Parte do Mercosul, em conformidade com o disposto no segundo parágrafo do artigo 5º do Protocolo de Ushuaia;

2) Os Estados Partes definirão medidas com vistas a minimizar os impactos negativos desta suspensão para o povo venezuelano;

3) A suspensão cessará quando, de acordo com o estabelecido no artigo 7º do Protocolo de Ushuaia, se verifique o pleno restabelecimento da ordem democrática na República Bolivariana da Venezuela;

4) Enquanto durar a suspensão, o disposto no inciso III do artigo 40 do Protocolo de Ouro Preto dar-se-á com a incorporação realizada por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, nos termos do inciso II do referido artigo.

Para que a decisão seja revista, os países do Mercosul exigem a “libertação dos presos políticos, a restauração das competências do Poder Legislativo, a retomada do calendário eleitoral e anulação da convocação da Assembleia Constituinte”.

“Todos nós sabemos que se trata de uma decisão dura do ponto de vista político, mas necessária, pois o Mercosul não pode dar as costas aos venezuelanos, que são as principais vítimas de um governo autoritário cujo único objetivo é perpetuar-se no poder”, reconheceu Bruna Furlan.

A presidente da CREDN destacou ainda o caráter unânime da decisão e o fato de o governo da Venezuela ignorar todos os apelos para que haja uma solução pacífica para a crise. “Muitos dos antigos aliados do governo da Venezuela, inclusive no Brasil, já reconhecem que houve quebra da ordem democrática e estão retirando este apoio. E destaco as palavras do ministro Aloysio para quem os venezuelanos que desejarem deixar o país, serão acolhidos no Brasil”, concluiu.

(Da assessoria da CREDN/foto: divulgação/MRE)

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7 agosto, 2017 Últimas notícias Sem commentários »

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