Segurança efetiva
Para Otavio Leite, atuação das Forças Armadas é indispensável no combate à violência no RJ
Defensor da ação, o deputado Otavio Leite (RJ) destaca a importância da Operação Segurança e Paz, que consiste na presença de militares nas ruas do estado do Rio de Janeiro para o combate efetivo da violência e para a preservação do funcionamento de instituições e segurança dos cidadãos.
A medida foi autorizada na última sexta-feira (28) por meio de decreto que estabelece o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio de Janeiro até o fim do ano.
Segundo o tucano, a proposta foi apresentada e planejada há cerca de seis meses em reuniões com os ministros da Defesa e da Justiça, em conjunto com o presidente Michel Temer. “Nas oportunidades, deixamos claro a necessidade de uma proposta de maneira inteligente e estratégica”, destaca.
A GLO só é acionada quando há o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, em graves situações de perturbação da ordem. Nas últimas semanas, a violência se agravou nas ruas do Rio, o que afetou o funcionamento das escolas, que precisaram ser fechadas para preservar a integridade dos alunos.
Para o tucano, não há dúvidas de que a presença das Forças Armadas será útil neste momento crítico da segurança pública na região. “O engajamento das Forças Armadas para combater a dramática insegurança que vive o povo do Rio de Janeiro é algo indispensável, fundamental e bem-vindo”, defende.
A operação mobiliza mais de 10 mil militares, divididos entre um efetivo de 8,5 mil militares das Forças Armadas, 620 integrantes da Força Nacional de Segurança e 1,1 mil da Polícia Rodoviária Federal nas ruas e vias expressas da cidade.
Segundo as autoridades, diferentemente de ações anteriores, a Operação Segurança e Paz não consistirá em patrulhas e ocupação de comunidades, mas priorizará ações de inteligência. Até o final do ano ela se dará em várias fases: a primeira se trata de reconhecimento dos pontos de trabalho e da integração das equipes; a expectativa é de que a segunda conte com um combate efetivo contra as organizações criminosas e ao tráfico de armas. Todas as ações serão realizadas sem aviso prévio e de forma sigilosa. Caso seja necessário, poderá haver prorrogação até o fim de 2018.
Para fundamentar as ações, um gabinete de inteligência foi montado no Rio de Janeiro, composto por oficiais graduados do Exército, da Marinha e da Aeronáutica em conjunto com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), com a Polícia Federal e com outros órgãos de segurança pública estaduais e municipais.
“A presença física das forças armadas de efetivo estará nas ruas, em exercício, em patrulhamento em trechos fundamentais, em artérias de trânsito, de mobilidade urbana, etc. Tudo isso traduz uma percepção de segurança e um efetivo alcance desse objetivo de fazer com que se respire no Rio de Janeiro. Várias outras medidas, sobretudo de inteligência, vão ser adotadas para conseguir combater as grandes organizações criminosas que estão instaladas no Rio”, finaliza.
(Sabrina Freire/ Foto: )
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