Menos gastos
Tucanos se engajam pelo enxugamento de gastos na máquina pública
Os deputados Pedro Cunha Lima (PB) e Daniel Coelho (PE) reforçam a preocupação em reduzir o custo da estrutura pública brasileira. Enquanto a população sofre impactos fortes com a crise e assume penosas responsabilidades para driblá-la, diversos privilégios do setor público seguem incólumes. Um estudo da Consultoria de Orçamento e Fiscalização da Câmara mostra que o governo conseguiria economizar pelo menos R$ 8 bilhões se barrasse o aumento de despesas com passagens aéreas, compra de material de consumo e contratações. Nesse sentido, Pedro Cunha Lima defende, em projeto de lei, a restrição do uso de carro oficial a presidente e vice-presidente da República, presidentes do Senado, da Câmara e do STF, além de ministros de Estado e chefe das Forças Armadas. Para o tucano, as mordomias no setor público estão distantes da realidade brasileira atual.
“Não dá para que – em um país com a desigualdade que a gente tem e o com o drama social que vivemos – ter, insistir e aumentar essa bonança estatal, essa elite do funcionalismo público que está completamente distante da realidade do nosso povo. É nesse debate que eu insisto, com a redução do custo da máquina pública, e é com esse espírito que o projeto dos carros oficiais suscita esse debate”, disse Cunha Lima.
Também apoiador da corte de supérfluos na administração pública, Daniel Coelho é defensor de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que define um limite para o orçamento das Assembleias Legislativas e Tribunais de Contas, e defende a extensão da medida para Câmara e Senado. Para o parlamentar, é injusto que o Congresso promova reformas estruturantes no país sem repensar sua própria estrutura.
“Não dá para o Parlamento falar em reduzir a máquina pública e em reformas estruturantes no país quando ela não corta na própria carne, quando ela não reconhece o custo excessivo do seu funcionamento. São mordomias e cargos comissionados demais, e um custo que não é compatível com a realidade brasileira”, destacou Daniel Coelho.
Dados mostram que 12% da força de trabalho brasileira está no funcionalismo público, ante taxa média de 21% da OCDE, grupo de países ricos. No entanto, o Brasil gasta a mesma quantia com pessoal que esses países.
(PSDB)
Deixe uma resposta