Motivos escusos
Invasões do MST são “atos criminosos”, afirma Nilson Leitão
Sob o pretexto de lutar contra a corrupção e a favor da reforma agrária, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem realizado, desde terça-feira (25), invasões a uma série de propriedades de políticos e empresários em diversos estados do país. Na lista de locais ocupados pelos manifestantes estão fazendas do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, do ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira, e do coronel João Baptista Lima, amigo do presidente Michel Temer, entre outras propriedades. As informações são de matéria do portal G1.
Os protestos contam com apoio do Partido dos Trabalhadores, um dos históricos aliados do MST, que publicou em seu site oficial um texto em que afirma que os atos acontecem para “denunciar o apoio do setor do agronegócio com o governo golpista”. Ainda de acordo com o PT, as invasões “pretendem denunciar a relação do agronegócio com o golpe parlamentar que retirou Dilma Rousseff da presidência”.
O deputado Nilson Leitão (MT), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, classifica os protestos promovidos pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra como uma “ação criminosa”. Para o tucano, as invasões não devem ser tratadas como um ato político, mas sim como um crime direto ao direito à propriedade.
“O MST não é organização social, é uma quadrilha, uma organização criminosa. Eles não invadem terra com o intuito de buscar o direito à propriedade, ao contrário: o MST colaborou, durante os últimos anos, principalmente no governo do PT, para fazer o pior que existe em reforma agrária”, criticou o parlamentar.
“O MST é o próprio PT. É a essência do PT, e faz isso [invasões] de forma criminosa. Na minha opinião, eles devem ir presos, não interessa de quem seja a propriedade, se é de político ou de um comerciante, de um produtor comum. Seja quem for ele, o direito à propriedade tem que ser totalmente garantido e esse modelo, essas atitudes do MST são criminosas” acrescentou Leitão.
O tucano revelou ainda que vai cobrar das autoridades uma ação firme contra os invasores. “Vou cobrar, como deputado, uma ação do Ministério da Justiça que seja enérgica com essas pessoas, que continuam usando uma bandeira de organização social para se tornar uma bandeira de organização criminosa”, afirmou o tucano, que acredita que as invasões não terão nenhum reflexo na vida política do país.
“Não tem efeito prático nenhum. Eles vão criar notícia, vão criar um prejuízo para os proprietários, vão abater alguns animais, estragar algumas máquinas e depois vão sair impunes, que é o que não deve acontecer”, salientou.
Além de propriedades rurais, integrantes do MST também ocuparam a Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Salvador, e bloqueou o acesso ao Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão.
(Da Agência PSDB/foto: Alexssandro Loyola)
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