Assunto urgente
Deputado Luiz Carlos Hauly realiza palestras pelo Nordeste sobre a reforma tributária
O relator da Comissão Especial que analisa a reforma tributária na Câmara, deputado Luiz Carlos Hauly (PR), fez nos últimos dias uma série de palestras pelo Nordeste apresentando os principais pontos do projeto. O tucano defende uma reengenharia tributária-tecnológica com inclusão social para revolucionar a economia brasileira.
As palestras foram promovidas no Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, onde economistas e representantes de vários setores da sociedade estiveram presentes.
Nos debates, o relator fez um breve histórico das reformas realizadas no país a partir de 1965/1967. Somente após a Constituição de 1988, foram realizadas 73 mudanças nos dispositivos. Ainda esclareceu dúvidas e apresentou as propostas que visam o crescimento econômico de forma continuada e sustentada. A intenção é garantir neutralidade à competitividade entre as empresas, com o fim imediato da guerra fiscal entre os estados acarretada pela criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e o imposto seletivo cobrados no destino, o que torna a livre concorrência mais justa.
O deputado, que já foi secretário de Fazenda do Paraná, recebeu amplo apoio, principalmente por parte do setor industrial e produtivo. “Há um entendimento da necessidade urgente de simplificar o sistema, reduzir a quantidade de impostos, diminuir a burocracia para garantir a competitividade das empresas e a geração de empregos”, destacou.
De acordo com o tucano, o sistema tributário atual é “caótico e ineficiente”, tira de quem tem menos, aumenta a pobreza e concentra a riqueza. Para ele, é preciso que a tributação seja utilizada como instrumento de desenvolvimento econômico sustentado e de inclusão social com distribuição de renda. O modelo adotado prejudicou a economia brasileira, fazendo com que as empresas perdessem em competitividade.
Presente na palestra promovida na Federação da Indústria do Estado de Alagoas (FIE-AL), o jovem deputado Pedro Vilela (AL) afirmou que é preciso buscar uma reforma que torne o sistema menos oneroso, mais simples e, sobretudo, mais justo. “No Brasil atual, os mais pobres pagam proporcionalmente bem mais tributos/impostos que os mais ricos, sendo um dos principais fatores das nossas enormes desigualdades sociais. Sem falar nos altíssimos custos que as empresas têm para lidar com o complexo e caro sistema, dificultando a produtividade e, consequentemente, a geração de empregos. Isso tem que mudar”, defendeu.
(Sabrina Freire)
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