Inovação
Deputados cobram planejamento e recursos para incentivar setor de ciência e tecnologia
Deputados do PSDB participaram de comissão geral nesta quarta-feira (12) que debateu com especialistas e representantes do governo a situação do setor de ciência e tecnologia no Brasil.
O deputado Vitor Lippi (SP) chamou atenção para a importância estratégica da ciência, da tecnologia e da inovação. O mundo tem passado por intensas transformações e a economia do conhecimento se tornou fundamental para o futuro de qualquer nação, ressalta. “É exatamente o capital intelectual que deve receber toda a nossa atenção”, explicou.
No entanto, Lippi lamenta que o conhecimento nunca tenha sido prioridade absoluta no Brasil. O país continua atrasado na educação, na ciência e na tecnologia. O Brasil ocupa o 13º lugar do mundo em produção acadêmica, mas está no 79º lugar em inovação, um grande abismo. Na avaliação do deputado, falta visão estratégica. “Grande parte da nossa produção acadêmica não está virando riqueza, como nós gostaríamos”, explicou.
O tucano defende a criação de uma ação nacional estratégica de 20 ou 30 anos para o desenvolvimento da inovação. “Não podemos conceber hoje um país que não tenha visão estratégica”, afirmou. Um dos entraves ao desenvolvimento é a questão do registro de patentes, que pode levar 10 a 12 anos. Algumas indústrias chegam a lançar a patente no exterior porque não conseguem no registro no Brasil.
Presidente da Frente Parlamentar de Ciência, Tecnologia e Inovação, o deputado Izalci Lucas (DF) convocou os interessados em reverter o atual quadro do setor no país. Segundo ele, é preciso acompanhar o trabalho da Comissão Mista de Orçamento e pressionar pela aprovação de emendas que beneficiem a área. “É impossível se fazer pesquisa no Brasil sem recursos para isso. A regularidade na distribuição desses recursos é o grande problema do nosso país”, declarou.
Na avaliação do deputado, a área de C&T reflete o que acontece no Executivo, em todas as esferas. Não existe um planejamento de médio ou longo prazo, nem um projeto de nação. “Basta ver quanto há no Orçamento para essa área para sabermos a importância que o Executivo dá a essa matéria”, lamentou.
(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola)
Deixe uma resposta