Comércio exterior


Brasil precisa fortalecer acordos internacionais e abrir mercados, afirmam tucanos

pedro vilela

Para Pedro Vilela, país não está aproveitando seu enorme potencial no mercado internacional.

Novos arranjos comerciais globais, tais como o Tratado Transpacífico (TPP) e o Acordo Transatlântico, foram tema de audiência pública realizada nesta quarta-feira (12) na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) a pedido do deputado Pedro Vilela (AL). Participaram representantes de ministérios e da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A presidente da CREDN, Bruna Furlan (SP), destacou a importância do debate. “A abertura do mercado externo e formal de parcerias internacionais é fundamental, nesse momento em que o Brasil procura implementar reformas estruturais e superar a profunda crise econômica de sua história”, disse a parlamentar do PSDB. 

Pedro Vilela, por sua vez, falou sobre a oportunidade de se discutir os novos acordos e a inserção do Brasil neste contexto. Segundo ele, o Mercosul vem perdendo importância diante dos novos arranjos globais e o precisa debater uma nova estratégia de reinserção nesse o mercado global. O parlamentar tucano se disse impressionado com a informação de que Brasil teria o pleno acesso a apenas a 8% do mercado mundial, e menos de 2% das transações comerciais em âmbito mundial. “Me parece ainda muito pouco para um país com a nossa potencialidade”, reiterou. 

Já o deputado Arthur Virgílio Bisneto (AM) criticou o efeito negativo das relações internacionais no governo do PT. “O Brasil perdeu tempo nas suas relações com blocos e com países importantes de interesse comercial”, disse. Ele afirma que só este ano Estado do Amazonas perdeu 25 mil empregos de um total de 110 mil vagas. “A Zona Franca de Manaus tem dificuldade em vender produtos no Mercosul. Por isso, é o momento de se buscar com afinco abrir novos mercados e fortalecer o futuro do país”, argumentou.

Convidado para o debate, o diretor do Departamento de Negociações Comerciais Extrarregionais do Ministério de Relações Exteriores, embaixador Carlos Márcio Bicalho Cozendey, ressaltou o esforço do novo governo em desenvolver a capacidade de competição e desenvolvimento para o Brasil. Segundo ele, os acordos entre megablocos: as parcerias Transpacífico (destaque para Estados Unidos e Japão) e Transatlântico (destaque para EUA e União Europeia), apesar de ambiciosos, estão paralisados ou sendo revistos. Com isso, a União Europeia acelerou outras negociações, inclusive com o Mercosul.

O embaixador explica que no caso brasileiro o sistema multilateral é importante. “O Brasil tem 20% do comércio exterior com a União Europeia; quase 20% com a China; 15% para os Estados Unidos e o restante com outras partes do mundo”, disse. Embora o momento seja difícil para negociações globais, não é mais possível esperar.

Por sua vez, o diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi, diz que a inserção comercial do país pode ser grandemente ampliada. Segundo ele, o esforço da CNI é trabalhar para haver maior inserção e competitividade com países que buscam novos mercados. Ele afirma que hoje os acordos comerciais discutem outros temas de suma importância para o empresário brasileiro: compras governamentais, admissão temporária, pequenas empresas, regulamentação profissional – itens que vão ajudar a entrada a indústria brasileira nos mercados estrangeiros.

(Reportagem: Ana Maria Mejia/foto: Lúcio Bernardo Jr/Câmara dos Deputados)

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12 julho, 2017 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Comércio exterior”

  1. Muito bla, bla, bla e nenhuma Entidade na área de Comércio Exterior presente.
    Os senhores deputados deveriam convidar Entidades na área e não burocratas…
    Sugestão!
    E não se falou em potencial de negócios com a África e em especial a Nigéria!
    SDS
    Roberto Nóbrega
    Membro da FCCE – http://www.fcce.org.br
    21 9 74690519

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