Diplomacia
Bruna Furlan discute o aprofundamento das relações com a Coreia
A deputada Bruna Furlan (SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, discutiu, na quarta-feira (31), o aprofundamento das relações bilaterais com a República da Coreia com o Embaixador Jeong Gwan Lee. Na oportunidade, ela lembrou os 54 anos da imigração coreana no Brasil. O contingente populacional de coreanos e descendentes, estabelecidos principalmente na cidade de São Paulo, é estimado em mais de 50 mil pessoas.
A deputada também manifestou preocupação com as tensões na Península Coreana. “O Brasil tem tradicionalmente defendido uma solução para a questão que tenha como protagonistas principais as duas Coreias e que conte com o apoio de instituições multilaterais, principalmente as Nações Unidas. Nessa linha, apoiamos os esforços diplomáticos que levem à plena desnuclearização da Península Coreana e a reintegração da Coreia do Norte ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) como Estado não nuclearmente armado”, explicou.
Jeong Gwan Lee reconheceu o papel do Brasil nesta questão e agradeceu os esforços empreendidos pela diplomacia do país em torno de uma solução negociada e baseada no diálogo com a Coreia do Norte. Segundo Bruna Furlan, “no diálogo bilateral com a Coreia do Norte, o Brasil deixa claro sua postura de condenação aos testes nucleares e o compromisso brasileiro em cumprir as Resoluções do Conselho de Segurança da ONU”.
“Brasil e Coreia devem trabalhar para ampliar a cooperação, o comércio e os investimentos recíprocos. Neste sentido, elogiamos a postura de Seul em pôr fim ao embargo à carne brasileira e de buscar mais acordos comerciais”, completou.
O Embaixador coreano também pediu o apoio da CREDN para que as negociações no âmbito do Tratado de Livre Comércio MERCOSUL – Coreia seja assinado. Ele reconheceu que há resistências do setor de manufaturados do Brasil, mas que o acordo é importante para o agronegócio brasileiro. Bruna Furlan também irá trabalhar pela ratificação do acordo que acaba com a dupla tributação entre os dois países. Já aprovado na CREDN, o texto tramita nas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania e de Finanças e Tributação.
(Da assessoria da CREDN/foto: Benjamin Sepulveda)
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