Banco amigo
Para Yeda Crusius, CPI Mista da JBS vai revelar “caixa-preta” de empréstimos
A deputada Yeda Crusius (RS) afirmou da tribuna que a CPMI da JBS vai abrir muitas “caixas-pretas”. Deputados e senadores reuniram assinaturas suficientes para uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre irregularidades envolvendo o grupo JBS, incluindo as operações financeiras com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No total, 174 deputados e 30 senadores assinaram o pedido.
A tucana acredita que a CPMI vai revelar um pouco dos meandros jurídicos que, na opinião dela, estão sendo afrontados com o volume de delações. “No fundo, são delações que premiam criminosos do tipo da família JBS, como premiam os do tipo da família Odebrecht”, declarou.
Yeda destaca que a jornalista Miriam Leitão publicou no jornal O Globo coluna intitulada “Um banco amigo”, em 13 de maio. Ela relata que o BNDES aportou mais de R$ 620 milhões para o grupo JBS comprar a National Beef, nos EUA. A autoridade antitruste norte-americana vetou a operação, mas ainda sim o dinheiro ficou com o grupo. “O BNDES e o JBS eram assim: amigos”, diz trecho da coluna.
“Essa empresa que hoje tem os seus proprietários, com toda a liberdade, vivendo nos Estados Unidos com toda a proteção que lhes foi dada a partir do prêmio da delação que eles fizeram”, criticou Yeda.
A coluna de Miriam Leitão detalhou o rápido crescimento da empresa. No primeiro trimestre de 2007, o patrimônio líquido da JBS era de R$ 1,39 bilhões. Ao final de 2016, o valor ultrapassou os R$ 23 bilhões, de acordo com a consultoria Economatica.
CPI NA CÂMARA
Na semana passada, a Câmara recebeu requerimento para criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre as doações de campanha feitas pelas empresas do grupo J&F, que controla o frigorífico JBS.
(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola)
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