Defesa Nacional

CREDN recebe comandante do Exército para debate sobre planos estratégicos e orçamento

Nesta quarta-feira (31), a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) terá a terceira reunião de audiência pública para debater o orçamento das Forças Armadas e discutir alternativas para que o programa seja cumprido. O comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, é o convidado a apresentar os planos do Exército para o desenvolvimento tecnológico. A audiência pública está marcada para as 10 horas, no Plenário 3, do Anexo II da Câmara dos Deputados.

Para a presidente da CREDN, deputada Bruna Furlan (SP), essa é uma condição necessária para que o setor possa planejar-se e investir em projetos e programas que tornarão o Brasil cada vez mais independente. A tucana é coautora do pedido de realização da audiência, em conjunto com o deputado Pedro Fernandes (PTB-MA).

Segundo ela, o requerimento para a realização da audiência pública tem a intenção de debater a situação dos projetos estratégicos das Forças Armadas, os programas de cooperação internacional do Brasil na área da Defesa, e os planos do Exército, Marinha e Aeronáutica para o desenvolvimento tecnológico neste setor, a modernização e reequipamento.

“Há uma demanda reprimida pela celebração de acordos de cooperação em defesa nacional”, disse a deputada Bruna Furlan. Ela explica que no começo de abril, integrou a comitiva do Ministério da Defesa na 11ª edição da LAAD, maior feira latino-americana de Defesa, no Rio de Janeiro. A feira teve a participação de empresas de mais de 80 países. Segundo ela, a partir de então a comissão começou a promover reuniões para conhecer a realidade e as demandas da Defesa do Brasil.

Já foram ouvidos o comandante da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato. Ambos destacaram a importância do apoio da CREDN para a preservação dos orçamentos e manutenção de cronogramas de projetos e programas da instituição.

O almirante destacou o trabalho da Marinha na Amazônia Azul, que é a área oceânica brasileira, e afirmou que a força tem buscado embasar todas as suas ações de defesa nacional em três tarefas básicas: impedir um potencial adversário de usar o mar em benefício dele, garantir o uso do mar em benefício do país, com o uso de navios; e a projeção de poder sobre terra, com os fuzileiros navais.

Na defesa aérea, o brigadeiro Rossato destacou a principal atuação – desde o processo operacional, que contempla controle, defesa e integração. “Estamos no mesmo patamar que Estados Unidos, Canadá e Europa, mas precisamos de recursos”, afirmou.

(Ana Maria Mejia/ Foto: Benjamin Sepulveda)