Dinheiro perdido


Fábio Sousa questiona empréstimos bilionários feitos a outros países pelo BNDES no governo petista

Em discurso pela Liderança do PSDB, o deputado Fábio Sousa (GO) questionou empréstimos bilionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obras no exterior. Segundo o tucano, de 2006 a 2014 o governo dos ex-presidentes Lula e, posteriormente, 32885309124_43c70ae5eb_zDilma Rousseff emprestaram cerca de R$ 50,5 bilhões a outras nações.

Sem entrar no âmbito político ideológico, o tucano revelou que só a Venezuela recebeu nos últimos anos o valor de R$ 6 bilhões em empréstimos. Parte dos valores foram destinados ao país para a construção da Usina Siderúrgica Nacional, do estaleiro para manutenção de embarcações e de linhas do metrô de Caracas. Além dessas obras, houve empréstimos para a construção do Porto de Mariel, em Cuba, da Termelétrica a carvão da República Dominicana e da Barragem de Moçambique, entre outros.

O deputado questiona se esses recursos não teriam sido aplicados com maiores benefícios ao Brasil e não acredita que um dia os valores sejam devolvidos. “Será que não temos problemas sérios a serem resolvidos no país que precisem desses recursos? Será que não temos obras a serem feitas com esse dinheiro? Será que não temos empresas que precisam de empréstimos do BNDES para realizar obras, ações ou investimentos no nosso próprio país?”, indagou.

Diante da crise econômica pela qual o país passa, Fábio Sousa propõe ao parlamento uma regulamentação quanto ao assunto. “O nosso Banco Nacional não pode ser um banco de investimentos internacionais. Esse dinheiro tinha que ficar aqui. Esse dinheiro tinha que estar girando no Brasil. As obras deveriam estar sendo feitas aqui. Na verdade, nós deveríamos investigar como esse dinheiro foi aplicado e por quê”, diz o tucano. Para ele, é suspeito o fato de as obras terem sido realizadas por empreiteiras envolvidas no processo da Operação Lava Jato.

Para ele, na situação em que o país se encontra não é possível deixar que os recursos sejam facilmente alocados para o exterior. “Nós temos de regulamentar isso independentemente da crença ideológica. Foram mais de 50 bilhões de reais. Não tem jeito de eu ficar quieto. Temos de mudar isso. Temos de regulamentar isso o mais rápido possível”, conclui.

(Sabrina Freire/ Foto: Alexssandro Loyola)

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30 março, 2017 Últimas notícias Sem commentários »

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