Prevenção
Em parceria com Instituto Oncoguia, deputados promovem mobilização sobre câncer colorretal
Depois de um mês de difusão de informação e conscientização sobre o câncer colorretal, também conhecido como câncer do intestino grosso ou câncer de cólon e de reto, nesta terça-feira (28) os deputados Nelson Padovani (PR) e Dr. Sinval Malheiros (PTN), em conjunto com o Instituto Oncoguia, promovem uma ação para as servidoras da Câmara dos Deputados.
A atividade encerra a campanha Março em Cores, que durante todo o mês desenvolveu atividades conscientizando sobre a doença de alta incidência em homens e mulheres em todo o mundo. Março é considerado o mês mundial para a conscientização sobre o câncer colorretal.
Durante a atividade, serão realizadas ações para conscientizar sobre a importância da prevenção do câncer. Além disso, serão oferecidas pintura de unhas e corte de cabelo, que será doado para confecção de perucas a pacientes com câncer.
A oncologista Dra. Renata D’Alpino, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, destacou alguns fatos relevantes sobre a doença. “Esse tipo de câncer pode ser tratado de forma mais simples se descoberto cedo, mas, por desinformação, e por se tratar de um assunto tabu, muitos pacientes só procuram o médico quando a doença já está em estágio avançado”, explica. “Os pacientes, muitas vezes, ficam constrangidos em falar sobre diarréia e movimentos intestinais anormais com seus médicos, o que é um erro”, completa a especialista.
PARCERIA
A ONG Instituto Oncoguia foi fundada em 2009 por um grupo de profissionais de saúde e ex-pacientes de câncer, liderados pela psico-oncologista Luciana Holtz de C. Barros. Dessa união nasceu uma associação sem fins lucrativos, criada e idealizada com o objetivo de ajudar o paciente com câncer a viver melhor por meio de projetos e ações de informação de qualidade, educação em saúde, apoio e orientação ao paciente, defesa de direitos e advocacia.
Dados sobre a doença:
– É o segundo tipo de câncer mais incidente em mulheres no Brasil e o terceiro entre os homens;
– Em 2016, foram estimados 34.280 casos entre a população, sendo 16.660 homens e 17.620 mulheres;
– A melhor forma de diagnosticar o câncer de cólon é precocemente, através de exames e testes;
– O exame de sangue oculto nas fezes é capaz de identificar traços de sangue não vistos a olho nu, o que pode auxiliar no diagnóstico mais precoce. Além disso, a colonoscopia é hoje considerada o melhor exame para diagnóstico do câncer colorretal, pois permite ao médico visualizar toda a parte interna do intestino grosso, onde surgem os tumores. Esses exames devem ser realizados, sobretudo, em pessoas com sinais e sintomas sugestivos de câncer colorretal, ou naquelas sem sinais e sintomas, mas que pertençam a grupos de maior risco, por exemplo a partir dos 50 anos de idade. No caso de histórico deste câncer em familiares de primeiro grau, recomendamos iniciar o rastreamento 10 anos antes do diagnóstico no familiar ou aos 50 anos (aquele que ocorrer primeiro);
– Pacientes com boa alimentação durante o tratamento têm melhores condições no tratamento;
– O planejamento alimentar é parte importante do tratamento do câncer colorretal. Uma alimentação correta durante essa fase pode contribuir para o bem-estar e fortalecimento, evitando a degeneração dos tecidos do corpo e ajudando a vencer os efeitos colaterais e de enfrentar, com êxito, a administração de doses adequadas dos medicamentos;
– A escolha do tratamento depende principalmente da localização da lesão tumoral no cólon ou reto e do estadiamento da doença;
– O tratamento da doença poderá incluir cirurgia do cólon ou reto, quimioterapia, radioterapia e terapia alvo. Para pacientes com doença avançada também podem ser utilizadas a ablação ou a embolização. Dependendo do estágio da doença, um ou mais destes tipos de tratamento podem ser realizados simultaneamente ou usados um após o outro;
– A cirurgia é o principal tratamento para o câncer em estágio inicial:
• Colectomia Aberta: retira uma parte do cólon e os gânglios linfáticos (linfonodos) próximos. Na maioria das vezes, não é necessária a colectomia total para tratar o câncer de cólon. Geralmente é realizada apenas se existe doença na parte do cólon sem o câncer, como centenas de pólipos ou, às vezes, a doença inflamatória do intestino.
• Colectomia Laparoscópica Assistida: diferente da colectomia aberta são feitas diversas incisões menores, por onde serão removidos, com auxílio de instrumentos guiados, a parte do cólon afetada e os linfonodos.
– Terapia personalizada aumenta as chances de cura no caso de Câncer Colorretal metastático;
– Para pacientes diagnosticados recentemente com câncer colorretal metastático, fazer o teste com o biomarcador RAS, antes de iniciar o tratamento de primeira linha, é extremamente importante. O teste RAS pode ajudar o médico a escolher o tratamento mais apropriado, como parte de um plano de tratamento personalizado do paciente. É sempre importante que os pacientes possam entender melhor as opções disponíveis e discuti-las com seus médicos.
– Previna-se com exames de rotina e fique atento aos sintomas. Apesar de ser mais comum em pessoas acima de 50 anos, o câncer colorretal também pode ser diagnosticado em jovens adultos. Obesidade, má alimentação e tabagismo estão entre as principais causas da doença.
SERVIÇO:
LOCAL: CÂMARA DOS DEPUTADOS – ESPAÇO DO SERVIDOR
HORÁRIO: 28/03 – DE 10H ÀS 16H
TEMA: CÂNCER COLORRETAL (PREVENÇÃO E TRATAMENTO)
ATIVIDADES: Doação de cabelos para confecção de perucas a pacientes que iniciaram tratamento contra o câncer colorretal
(Da assessoria/foto: Alexssandro Loyola)
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