Justiça social


Em reuniões com governo, bancada do PSDB defende mudanças na reforma da Previdência

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Tucanos receberam o secretário da Previdência e assessor especial do Ministério do Planejamento.

Uma semana após a reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a bancada do PSDB realizou nesta terça-feira (28) mais uma rodada de debate sobre a reforma da Previdência com representantes do governo. Após o encontro de quase duas horas, o líder Ricardo Tripoli (SP) disse que os tucanos aguardarão um posicionamento sobre os pontos divergentes apresentados pela bancada. Tripoli voltou a ressaltar a disposição do governo para discutir amplamente as sugestões.

Participaram da reunião Marcelo Caetano, secretário da Previdência, e Arnaldo Barbosa, assessor especial do Ministério do Planejamento. Na ocasião, tucanos reforçaram a defesa de mudanças sobre temas como a garantia de vinculação do Benefício de Prestação Continuada (BPC) ao salário mínimo e manutenção da idade mínima de acesso em 65 anos.

A manutenção de regras diferenciadas para o trabalhador rural também é outro aspecto importante para o PSDB. Os tucanos são contra a proposta estabelecida na PEC 287/16 de aplicar as mesmas regras para o trabalhador urbano. Outras sugestões foram colocadas, abordando pontos como regras de transição, pensão por morte e cálculo da aposentadoria.  Ao todo, o partido encaminhou nove pontos para análise do governo.

 “Estamos exaurindo os pontos divergentes.  A bancada do PSDB quer ajudar e votar, mas desde que essas questões sejam resolvidas. Avançamos bastante”, afirmou Tripoli após o encontro. Segundo ele, a tendência da bancada é acompanhar os integrantes do partido na comissão especial, que vêm fazendo um profundo estudo da proposta com a assessoria técnica do partido. Eles, inclusive, se reuniram nesta terça com lideranças do PSDB no Senado para debater o assunto. O líder na Câmara participou da reunião.

Tripoli voltou a destacar a importância das reformas no processo de combate à crise. “O Brasil passa por uma crise financeira e social, com quase 15 milhões de desempregados. Não queremos inflação e juros altos. Vamos ter que enfrentar essa situação, mas queremos que as regras propostas sejam debatidas com a sociedade”, declarou.

O deputado manifestou, ainda, preocupação com a proposta do governo de transferir a estados e municípios a responsabilidade de conduzir suas próprias reformas. O líder teme que haja desconformidade das regras federais com aquelas eventualmente aprovadas pelas demais unidades da federação. 

(Reportagem: Marcos Côrtes/foto: Alexssandro Loyola)

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28 março, 2017 Últimas notícias Sem commentários »

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