Compromisso com a produção
Retomada das importações da carne brasileira é demonstração de confiança, diz tucano
A confiança na qualidade da carne brasileira levou três dos maiores importadores do produto a normalizarem a compra das mercadorias neste final de semana. Importantes parceiros comerciais do Brasil, China, Egito e Chile derrubaram as barreiras impostas para importação depois que a Polícia Federal brasileira deflagrou a Operação Carne Fraca. O deputado Adérmis Marini (SP) afirma que a atitude desses países é um reconhecimento da credibilidade do país e de suas mercadorias.
“Como representante de um estado que é o maior exportador de carne bovina do país, eu posso falar com propriedade sobre a qualidade da carne brasileira. Conheço a qualidade e o compromisso do produtor com seu produto”, destacou o tucano.
REPUTAÇÃO INTERNACIONAL
O presidente Michel Temer recebeu o comunicado do governo chinês com otimismo. Para ele, a retomada das importações pela China “é o reconhecimento da confiabilidade de nosso sistema de defesa agropecuária”. O presidente destacou, em nota, que o Brasil construiu grande reputação internacional neste segmento. “E o posicionamento chinês é a confirmação de todo trabalho de esclarecimento levado a termo pelo governo brasileiro nestes últimos dias em todos os continentes”.
Assim como Temer, o deputado do PSDB de São Paulo acredita que o posicionamento da China, segundo maior consumidor da carne brasileira, estimulará outros países a seguirem o mesmo exemplo.
“Acredito que, a partir do momento em que a China liberou, outros vão ter a mesma atitude, confiando na qualidade do produto brasileiro e nos nossos departamentos de fiscalização. O Brasil, além de ser um grande produtor, sempre teve um histórico positivo quanto a qualidade de seus produtos”, destacou Adérmis.
A suspensão foi mantida nos três países apenas para os 21 frigoríficos que são alvo da Operação Carne Fraca. Para o deputado, a operação da PF é importante, pois demonstra a preocupação dos órgãos brasileiros com a qualidade dos produtos.
“Esse fato mostra o compromisso do Brasil de fazer investigações. Em qualquer outro setor pode haver falhas, mas a operação em si mostra que os órgãos de fiscalização do país funcionam. Agora, não é porque aconteceu com um que todos devem pagar”, apontou Adérmis.
A nova presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, deputada Bruna Furlan (SP), anunciou, logo após assumir o cargo, que o colegiado vai discutir o impacto que a Operação Carne Fraca provocará ao comércio exterior brasileiro.
“O país precisa dos investimentos externos para dar seguimento à recuperação da sua economia com a geração de empregos. O que aconteceu foi muito ruim, pois já provocou danos à exportação do produto e precisamos reverter esta situação”, afirmou.
De acordo com a tucana, “o Brasil conquistou o mercado internacional graças à qualidade do seu produto, e o nosso desafio agora é mostrar a real dimensão dos problemas que não comprometem os esforços feitos para consolidar o país como um dos principais exportadores mundiais de carne”.
(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola)
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