Perspectiva de melhora


Deputados destacam melhoria do status do Brasil em agência de classificação de risco 

PicMonkey CollageDeputados do PSDB comemoraram a decisão da agência de classificação de risco Moody’s de alterar de negativa para estável a perspectiva da nota dos títulos de dívida do Brasil. A decisão foi tomada na quarta-feira (15). Para os tucanos, essa é uma demonstração de que o país, finalmente, está no caminho certo.

Os ratings, ou notas de crédito, são emitidos por agências de classificação de risco sobre a qualidade de crédito de instituições ou nações e a capacidade de honrar suas obrigações financeiras integralmente e no prazo determinado.

Há pouco mais de um ano, o Brasil perdeu o grau de investimento pela Moody’s. Na ocasião, a nota caiu dois degraus de uma vez e o país foi colocado em perspectiva negativa. Agora, a agência alterou o status para estável por ver sinais de que o funcionamento da estrutura de políticas econômicas está melhorando e que instituições estão recuperando sua solidez.

Para o deputado Adérmis Marini (SP), esse é um bom sinal. Ele avalia que a saída do PT do governo já deu uma esperança de retomada de investimentos e de credibilidade ao país. Em seguida, aponta o tucano, a disposição da nova gestão de discutir de maneira ampla e transparente medidas importantes como as reformas da Previdência, trabalhista e tributária foi um outro importante ponto positivo.

“Essas medidas que estão sendo tomadas e as reformas que estão por vir vão fazer com que o país volte a gerar emprego e renda para toda a população. Essa nota tende a subir se o país fizer os avanços necessários na área legislativa e mostrar uma política mais transparente e que gere credibilidade”, destaca o deputado.

A Moody’s apontou como fatores que contribuíram para a decisão de elevar a nota do Brasil a melhoria das políticas econômicas, como a adoção de um teto para os gastos públicos, e a recuperação da solidez das instituições brasileiras, a estabilização das condições macroeconômicas, sinais de recuperação da atividade econômica e inflação em queda. A agência também cita que “os riscos de passivos contingentes relacionados ao apoio financeiro à Petrobras diminuíram, reduzindo em consequência os riscos de deterioração”.

Na avaliação do deputado Domingos Sávio (MG), essa nova classificação é importante pois mostra que o país está no caminho certo. “Essa sinalização de um organismo independente mostra que o Brasil está retomando o caminho do desenvolvimento e, como consequência, virá a geração de empregos e melhorias para os trabalhadores e a população em geral. É uma sinalização é muito positiva”.

O parlamentar afirma que é preciso continuar tendo seriedade e compromisso com o país, aprovando medidas que gerem ainda mais credibilidade ao Brasil, como as reformas. A reforma da Previdência, por exemplo, é citada pela Moody’s. Para Sávio, os petistas e aliados, que provocaram a crise e o desemprego, estão contra as soluções encontradas pelo governo e as reformas em discussão no Congresso porque insistem em tentar impedir que o país dê certo. “É uma prática deles, mas o Brasil não vai cair nessa novamente”.

Com a melhoria na classificação do Brasil pela Moody’s, o presidente Michel Temer, em mensagem publicada nas redes sociais ontem, manifestou satisfação com o reconhecimento dos esforços do país. Mais cedo, ele afirmou que a economia está no caminho para recuperar o grau de investimento, uma espécie de selo dado aos países mais confiáveis para os investidores. Ele lembrou, inclusive, que o risco país está em queda e que, mantida essa tendência, esse termômetro voltará ao mesmo nível de quando o Brasil tinha grau de investimento.

A última vez que a Moody’s havia mudado a nota de classificação do Brasil foi em fevereiro do ano passado. Naquela ocasião, a nota do país caiu dois degraus de uma vez: passou de Baa3, o último nível dentro do grau de investimento, para Ba2, que é categoria de especulação. Na época o corte da nota foi influenciado pela maior deterioração das métricas de crédito do Brasil, em um ambiente de baixo crescimento, com expectativa de que a dívida do governo ultrapassasse 80% do PIB.

(Reportagem: Djan Moreno)

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16 março, 2017 Últimas notícias Sem commentários »

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