Liderança
Em reunião presidida por Mariana Carvalho, líderes decidem votar projetos de interesse das mulheres
Jovem integrante da bancada do PSDB na Câmara, a deputada Mariana Carvalho (RO) presidiu nesta quarta-feira (8) a reunião de líderes partidários. Ficou decidido que o Plenário votará ao longo do dia uma série de propostas definidas como prioritárias pela bancada feminina. “Com isso, teremos a oportunidade de valorizar o nosso dia, reconhecer e dar cada mais brilho às mulheres”, destacou a tucana, que é 2ª secretária da Mesa Diretora da Casa.
Mariana agradeceu ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pela oportunidade de comandar a reunião neste dia simbólico. “Foi uma grande responsabilidade e um grande aprendizado”, disse a parlamentar.
Entre os projetos que serão pautados, estão o que impede a utilização de recursos públicos na contratação de artistas que fazem apologia à violência contra a mulher ou à exploração sexual das mulheres e o que barra o uso de algemas nas presas parturientes.
Mariana também classificou de “assustadora” a informação de que uma em três brasileiras diz ter sido vítima de violência no último ano. Isso abrange espancamento, xingamento, ameaça, perseguição, golpe à faca, empurrões ou chutes. Os dados constam na pesquisa “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil”, realizada pelo Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Mariana lamentou que a violência real ainda não foi captada pelas estatísticas, pois muitas delas ainda não têm coragem de procurar a autoridade policial para denunciar.
“Infelizmente muitos ainda acham que as mulheres ainda são consideradas sexo frágil, e muitas delas acabam aceitando a violência doméstica. O combate a essa questão começa na educação em casa e nas escolas, onde se deve ensinar desde pequeno a importância de se respeitar à mulher. Se isso acontecer, o nosso futuro pode ser melhor”, disse Mariana Carvalho. Uma das propostas que podem ser votadas estabelece a distribuição de exemplares da Lei Maria da Pena nas instituições de ensino.
Ainda de acordo com o estudo, a projeção é de que 503 mulheres foram vítimas de agressões físicas a cada hora no Brasil e que dois a cada três brasileiros (66%) presenciaram uma mulher sendo agredida física ou verbalmente no mesmo período.
(Reportagem: Marcos Côrtes e Djan Moreno/foto: Alexssandro Loyola)
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