Duas ações para mudar o Brasil, por Miguel Haddad
Vivemos tempos de grandes mudanças iniciadas a partir do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O seu partido – ao invés de aproveitar o fim da hiperinflação e os enormes recursos gerados pelo aumento da demanda e do preço de mercadorias brasileiras (commodities) para alavancar, com o dinamismo do mercado, a nossa saída do subdesenvolvimento – fez a aposta errada.
O que vimos foi o aumento e o aparelhamento do Estado, a desindustrialização e o recuo da competitividade e da inovação. Em consequência dessa Irresponsabilidade, o País mergulhou na pior crise de sua história.
O quadro se tornou ainda mais grave com as revelações da Operação Lava Jato e congêneres. Os brasileiros, indignados, perceberam que, além da economia estar em frangalhos, um verdadeiro saque aos recursos públicos estava sendo promovido pelos poderosos, com a desfaçatez daqueles que acreditam estar fora do alcance da lei.
Hoje, esse quadro começa a mudar. As reformas que estão sendo promovidas, cujos resultados já começam a aparecer – inflação e juros em queda, entre outros índices positivos – estão no rumo certo para fazer a economia nacional voltar a crescer.
E, com o prosseguimento dos inquéritos em razão do apoio dos homens e mulheres conscientes, que seguem vigilantes na defesa das investigações, poderemos também eliminar a certeza da impunidade dos poderosos, um marco em nossa história.
São duas ações que podem mudar o Brasil. Independente de interesses pessoais ou partidários, ambas têm de prosseguir. Não podemos, novamente, perder essa oportunidade. Esse é o caminho.
*Miguel Haddad é deputado federal pelo PSDB e ex-prefeito de Jundiaí
Deixe uma resposta