Mudança necessária


Para tucanos, novo ensino médio vai incentivar e melhorar o estudo ao trazer importantes mudanças

PicMonkey CollageDeputados do PSDB destacaram a importância da nova lei do ensino médio, sancionada nesta semana pelo presidente Michel Temer. Para os tucanos, as mudanças que serão implementadas nos próximos anos trazem mudanças estruturais neste segmento de ensino necessárias há muito tempo. A liberdade de escolher parte das disciplinas é apontada pelos parlamentares como um caminho para combater a evasão e o desinteresse pela escola. 

O deputado Izalci (DF), que foi presidente da comissão especial da reforma do ensino médio, participou da cerimônia de sanção da lei, no Palácio do Planalto, na quinta-feira (16). “Tenho certeza de que estamos dando um grande salto com o compromisso de que vamos continuar trabalhando. Precisamos avançar muito mais! Fico feliz por estar ajudando a construir um futuro melhor para nossos jovens”, comentou o tucano em seu Facebook.

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De acordo com a nova lei, parte do currículo será obrigatória e algumas matérias vão ser escolhidas pelos alunos. O tempo em sala de aula também vai aumentar. As medidas vão começar a valer a partir de 2019. O novo ensino médio prioriza a flexibilização da grade curricular, a articulação com a educação profissional e a educação integral com apoio financeiro do governo federal.

Com as novas regras, o governo pretende combater a evasão escolar. Atualmente, pelo menos quatro em cada dez alunos de até 19 anos não terminam o ensino médio. As mudanças no currículo pretendem estimular esses jovens, que vão poder definir parte das matérias.

“Muitos estudantes deixam a sala de aula por falta de incentivo. Afinal, estudar o que e para quê? Pois o ensino médio não estava preparando ninguém para nada”, comentou o deputado Raimundo Gomes de Matos (CE).  

Na avaliação do tucano, o governo observou os diversos gargalos, que há anos já eram perceptíveis, e resolveu propor as mudanças. Como lembrou, essas alterações já vinham sendo debatidas até mesmo pelos governos petistas, mas havia faltado coragem para levá-las adiante.

A nova lei não obriga todas as escolas a terem ensino médio integral, pois a decisão será das redes de ensino e vai depender de as escolas terem condições, mas, por outro lado, todos os alunos vão ter mais horas de aula.

O novo ensino médio divide as disciplinas em cinco áreas de conhecimento (linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas/sociais e formação técnica/profissional) e prevê a implantação gradativa do ensino integral, com sete horas de aulas por dia ou 1,4 mil horas por ano após cinco anos. Até lá, entretanto, o sistema deverá evoluir para oferecer carga horária de pelo menos mil horas. Hoje o ano letivo conta 800 horas.

“As escolas de ensino médio não estavam preparando os jovens para o mercado de trabalho. O presidente Michel abriu então o diálogo para implementar mudanças”, destacou Gomes de Matos, ao lembrar que a lei também tornou o inglês obrigatório pela primeira vez no país a partir da 6ª série do fundamental.

O presidente Michel Temer afirmou durante o evento no Planalto que o ministro Mendonça Filho, da Educação, foi ousado ao propor a reforma por meio de MP, uma vez que o assunto já vinha sendo discutido há mais de 20 anos, sem sair do papel. O ministro acrescentou que a reforma do ensino médio é a “maior e mais importante reforma estrutural na educação básica” brasileira.

Para o deputado Otavio Leite (RJ), a reforma abre um caminho novo para os alunos que chegam a essa etapa. “Será muito mais respeitada a vontade, a vocação, o estilo, a aproximação que o aluno tem com essa ou aquela vertente, se áreas humanas, se exatas. Foi uma mudança realmente estrutural”, afirmou o tucano, que também participou da cerimônia de sanção. 

novo ensino médio

(Djan Moreno com Agência Câmara/fotos: Alexssandro Loyola/arte: Senado Federal)

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17 fevereiro, 2017 Últimas notícias Sem commentários »

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