Medidas essenciais

Brasil precisa promover reformas para voltar a crescer, diz Silvio Torres

A boa perspectiva para a economia brasileira, a exemplo da previsão de maior queda da inflação para este ano e maior redução de juros para 2018, não basta para retomar o desenvolvimento econômico do pais. De acordo com o secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP), as reformas são essenciais para consolidar a estabilidade da moeda e promover o crescimento brasileiro.

“As reformas são essenciais para a recuperação da economia”, reiterou Torres. Em entrevista ao “Conversa com Brasileiros”, ele destacou a urgência de três reformas: da previdência; tributária e microeconômica. A reforma da Previdência (PEC 287/16) já foi admitida na Câmara e, inicialmente será debatida em Comissão Especial. Segundo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ela é uma das mais importantes e deve ser votada ainda no primeiro semestre.

O emaranhado de tributos sobre o consumo é o principal desafio a ser enfrentado pelo deputado Luiz Carlos Hauly (PR), relator na Comissão Especial. “O que se pretende é a simplificação do sistema tributário”, disse Silvio Torres. Ele defende ainda reformas microeconômicas que beneficiarão as pequenas e médias empresas. Silvio Torres avalia que o imposto ainda é muito alto para elas. Segundo o Sebrae, as pequenas empresas representam 27% do Produto Interno Bruto nacional.

Uma das políticas sugeridas para movimentar a economia é a concessão de créditos tanto para a indústria quanto para o consumidor. “Precisamos conceder créditos que possibilitem novos investimentos para quem quer produzir e também possibilite ao consumidor ter acesso a bens de consumo”.

Na semana passada a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu levemente de 4,71% para 4,70%. O valor está abaixo do teto de 6% fixado para 2017. O mercado financeiro também manteve sua previsão de 9,5% ao ano para a taxa básica de juros, a Selic, no fechamento de 2017.

Para 2018, os economistas passaram a considerar uma queda maior, com previsão de 9% ao ano. Atualmente, os juros estão em 13%. A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2017 se mantém em 0,5%. Em 2018, o mercado espera que o PIB atinja 2,2%. Já as estimativas para produção industrial seguiram em alta de 1% e 2,1%, respectivamente.

(Reportagem: Ana Maria Mejia)