Luta contra a aids

Tucanos destacam necessidade de prevenção e alertam para preconceito contra portadores do HIV

Secretaria de Saúde de São Paulo promoveu mutirão de testagem rápida de HIV

Deputados do PSDB destacaram ao longo desta quinta-feira (1º) a passagem do Dia Internacional da Luta contra a Aids. Os tucanos chamaram a atenção para a necessidade da prevenção e apontaram o quadro atual da doença no Brasil.

Na véspera, o Ministério da Saúde lançou o novo Boletim Epidemiológico de HIV e aids de 2016. Na solenidade, realizada em Brasília, também foi lançada certificação para municípios que conseguirem eliminar a transmissão vertical.

De acordo com o novo boletim, 827 mil pessoas vivem com HIV/aids no país. Segundo o levantamento, houve queda de 42,3% na mortalidade em 20 anos. O incentivo ao diagnóstico e ao início precoce do tratamento, antes mesmo do surgimento dos primeiros sintomas da doença, refletiu na redução dessas mortes. A taxa caiu de 9,7 óbitos por 100 mil habitantes, em 1995, para 5,6 óbitos por 100 mil habitantes em 2015.

O deputado Lobbe Neto (SP) defendeu o fim do preconceito a portadores de HIV/aids e afirmou que a informação e a prevenção são as melhores armas no combate à doença e ao preconceito.

Médica, a deputada Mariana Carvalho (RO) afirmou que o Dia Mundial de Luta contra a aids tem  o objetivo de conscientizar a população sobre uma das doenças que mais mata no mundo: “Além de informar as pessoas sobre os sintomas, perigos e formas de se prevenir da doença, a data também tem a função de auxiliar no combate contra o preconceito que os portadores de HIV sofrem na sociedade”.

Em Manaus, a prefeitura governada pelo PSDB, promove, ao longo dos próximos cinco dias, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, a discussão de temas atuais sobre prevenção, diagnóstico e tratamento para HIV/aids e sobre os direitos humanos da pessoa com HIV.

Pelo Facebook, o deputado Artur Bisneto (AM) usou a hashtag #DiaMundialdaLutaContraAids e convocou os manauaras para participarem da iniciativa. “No período de 2 a 7 de dezembro, as Unidades de Saúde da Semsa, das zonas urbana e rural, realizarão ações de testagem rápida, ações de educação em saúde, distribuição de insumos de prevenção (gel lubrificante, preservativos masculinos e femininos), além de ações em fábricas, feiras e escolas. Vamos participar?”, convidou.

Apesar de a epidemia no Brasil estar estabilizada, o deputado Max Filho (ES) demonstrou preocupação com os números da doença. Atualmente, a taxa de detecção está em torno de 19,1 casos, a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 41,1 mil casos novos ao ano. Desde o início da epidemia de Aids no Brasil (em 1980) até o final de 2015, foram registradas 827 mil pessoas que vivem com HIV e Aids. Desse total, 372 mil ainda não estão em tratamento, e, destas, 260 mil já sabem que estão infectadas. As outras 112 mil pessoas que vivem com HIV não sabem.

 Em vários nichos as taxas têm caído. Entre as mulheres e as crianças menores de cinco anos que contraem a doença verticalmente (de mãe para filho) houve redução. Porém entre os homens jovens os números só crescem. Nos homens de 20 a 24 anos, por exemplo, a taxa de detecção subiu de 16,2 casos por 100 mil habitantes, em 2005, para 33,1 casos em 2015.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil e facebook – Samuel Moreira)