O Brasil e as corporações, por Rogério Marinho


As corporações tentam apropriar-se do país e impor uma agenda equivocada, que, certamente, levará ao aprofundamento do caos econômico e do desemprego, fincando bases definitivas do nosso subdesenvolvimento. A questão é clara: visão corporativa é sempre vesga e voltada aos próprios interesses; está muito longe de representar o brasileiro. Ademais, a tradição pelega é a significativa marca dessas corporações que trabalham contra o Brasil, existem, é verdade, as exceções de praxe.

Somos maiores do que as demandas corporativas somadas, portanto não podemos e não devemos aceitar chantagem de facções sindicais e organizações controladas por partidos de esquerda liderados pelo PT. O espetáculo de balbúrdia, terrorismo e violência política, que estamos assistindo nos últimos meses, é deprimente.

Escolas que deveriam estar finalizando o ano letivo estão sendo invadidas por “estudantes” e militantes políticos armados de clichês, mitos e muita disposição para destruir o patrimônio público. O saldo vergonhoso das invasões até agora é de milhares de crianças e jovens perdendo conteúdos disciplinares por causa da manipulação barata e criminosa dos movimentos estudantis e sindicatos por facções políticas de esquerda além de depredação de patrimônio público. As invasões, segundo os próprios invasores, estão sendo promovidas contra a reforma do ensino médio: um completo disparate.

Universidades que deveriam estar pesquisando e encontrando soluções para problemas nacionais estão envolvidas com invasores, e greves de professores, funcionários e até mesmo estudantes. Aliás, sindicatos pouco representativos de suas categorias promovem todos os anos, invariavelmente, longas greves nos sistemas de ensino e universidades, contribuindo significativamente para a péssima qualidade de nossa educação.

Por outro lado, jamais veremos entidades corporativas irem às ruas protestar contra a falta de qualidade, portanto de aprendizado, nos sistemas de ensino do país. Da mesma forma, não vimos nenhuma manifestação no ano passado quando houve corte de mais de 10 bilhões de reais pela ex-presidente Dilma Rousseff na educação. Não vimos, também, essas mesmas corporações protestarem contra a corrupção desenfreada do governo do PT ou contra o verdadeiro saque do dinheiro dos pagadores de impostos na Petrobrás, em praticamente todas as Estatais e nos fundos de pensão. 

Recentemente, os brasileiros penaram com 31 dias de paralisação dos bancários. A pauta de reivindicações era completamente proforma. Os verdadeiros objetivos do movimento eram a defesa da presidente impedida e causar tumulto para desestabilizar o governo. As corporações pelegas, conduzidas pelos interesses dos partidos de esquerda, querem, a todo custo, atropelar a necessidade de responsabilidade fiscal para enfrentar o descalabro administrativo imposto por mais de uma década pelo PT e seus parceiros. 

A boa notícia é a reafirmação da falta de representatividade dessas corporações, dos sindicatos e dos movimentos pelegos. Simplesmente não representam a maioria da população brasileira. Após a acachapante derrota nas últimas eleições municipais em outubro, semana passada foi divulgada pesquisa do Ibope apontando que 72% dos brasileiros são a favor de uma reforma no ensino médio e 59% apoiam o projeto de emenda constitucional da responsabilidade fiscal.

O povo está ao lado daqueles que querem recolocar o país no trilho do desenvolvimento e não ao lado daqueles que estão promovendo a desordem e a tentativa de desestabilizar o país.

(*) Rogério Marinho é deputado federal pelo PSDB-RN. Artigo publicado no “Novo Jornal”. 

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21 novembro, 2016 Artigosblog Sem commentários »

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