Novo fôlego


Medidas do governo começam a surtir efeito positivo na recuperação de estatais, avalia tucano

20651404234_1401c0f078_zA economia brasileira começa a reagir diante de medidas adotadas pelo governo federal e pelo Legislativo. Ao observar o resultado de pesquisas de mercado que mostram maior confiança dos consumidores e empresários, o deputado Pedro Cunha Lima (PB) avalia que, apesar da necessária cautela e da continuidade de ações e reformas, já é possível dizer que o país começa a retomar o crescimento. A valorização de importantes estatais também representa uma sinalização de recuperação.

No governo anterior, as empresas públicas tiveram seus patrimônios dilapidados pela ingerência e corrupção. Após o impeachment de Dilma, elas voltaram a agregar valor de mercado. A Petrobras passou de R$ 101 bilhões para R$ 240 bilhões; a Eletrobrás, de R$ 9 bilhões para R$ 31 bilhões; e o Banco do Brasil, de R$ 41 bilhões para R$ 78 bilhões.

“Temos sempre que diagnosticar o colapso que o Brasil ainda vive pelo número de desempregados e pela situação que o governo anterior deixou a nossa economia. Mas, a partir de agora, com as medidas tomadas e o enfrentamento da real situação, as coisas começam a se endireitar”, comemora Cunha Lima.

O deputado afirma que a economia começa a reunir condições necessárias para voltar a crescer e a gerar emprego e renda. O que, segundo ele, é fundamental diante de uma imensidão de cerca de 12 milhões de desempregados. Conforme lembra, nos últimos anos de governo do PT, além do desemprego, os brasileiros tiveram que conviver com juros altos e uma escalada preocupante da inflação – o acumulado de 12 meses chegou a bater 10,7% em janeiro deste ano.

SINAIS DE MELHORA
Com a saída da ex-presidente Dilma e a adoção de medidas para tentar recolocar o país nos trilhos, os primeiros sinais começaram a aparecer. Em outubro, o Banco Central reduziu a taxa básica de juros pela primeira vez em quatro anos – passando de 14,25% para 14%. Em queda, em setembro, o acumulado de 12 meses da inflação fechou em 8,47%.

Outros importantes indicadores que funcionam como termômetros da economia também começam a avançar. A confiança do consumidor, medida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), é um deles. O índice aumentou pelo quarto mês consecutivo ao subir 1,3% frente a setembro. Com esse desempenho, o indicador atingiu os 104,4 pontos, uma demonstração de que os consumidores estão mais otimistas sobre inflação, emprego e renda. A última vez que o índice registrou crescimento por quatro meses consecutivos foi entre maio e agosto de 2010.

Levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) apurou a confiança do empresário do comércio. Em outubro, o indicador subiu 1% contra setembro e 18,7% frente a igual mês do ano passado. Os comerciantes estão mais otimistas e começam a colocar projetos em ação e já voltam a contratar novos empregados. É uma questão de tempo para que a renda e os empregos façam a economia girar com vigor.

Pesquisas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) também mostraram elevações expressivas. O Índice de Confiança do Consumidor subiu 1,8 ponto no mês, depois de seis altas seguidas, e atingiu o maior nível desde dezembro de 2014.

“É preciso insistir, há um caminho longo pela frente, pois os problemas que enfrentamos não se resolvem do dia para a noite, mas é bom percebermos que o rumo está sendo ajustado. Gosto de dizer que é preciso ter franqueza quanto a situação que vivemos, pois a população foi enganada durante muitos anos. Tudo vinha sendo colocado debaixo do tapete. Mas, com essa franqueza e tomando as medidas necessárias, começamos a retomar o crescimento”, destaca o deputado do PSDB.

Cunha Lima afirma que as ações de recuperação da economia precisam continuar até que a crise seja, de fato, superada. Segundo ele, as medidas de austeridade, como a PEC do Novo Regime Fiscal, são fundamentais, pois vão impedir que os governantes atuem de maneira irresponsável, a exemplo do que acontecia com os governos Lula e Dilma, e o futuro do país seja comprometido. Ele explica que a medida impede o poder Executivo de gastar mais do que tem, gerando um rombo nas contas públicas, como o que foi deixado pela ex-presidente petista.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola)

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7 novembro, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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