Novo fôlego


Redução da taxa básica de juros é indicativo de recuperação econômica, diz deputado

A redução da taxa básica de juros de 14,25% para 14% representa um bom indicativo de recuperação da economia brasileira. A decisão tomada nesta quarta-feira (19) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) foi considerada positiva e uma representação de que a economia 21688978321_f2a4e387b6_zbrasileira está em recuperação. Essa foi a primeira redução da taxa Selic em quatro anos.

Economista, o deputado Giuseppe Vecci (GO) acredita que as medidas tomadas pelo governo, do ponto de vista econômico, e os projetos aprovados pelo Congresso estão conseguindo gradativamente reverter a situação caótica em que o país foi deixado pelo governo petista.  

“As medidas ainda foram pequenas, mas somadas fizeram com que tivéssemos essa redução da taxa básica de juros. O país precisa perseguir isso. A inflação está diminuindo, os números das contas ainda não se reverteram completamente, mas estamos no caminho”, destacou Vecci.

O tucano afirma que alguns economistas esperavam redução um pouco maior, de 0,5%, mas ele explica que a decisão tomada já dá fôlego à economia. Segundo ele, a recuperação econômica é lenta e gradativa.

Nesse mesmo sentido, o Banco Central informou entender que a convergência da inflação para a meta central de 4,5%, fixada para 2017 e 2018, é compatível com uma política de corte de juros “moderada e gradual”. De acordo com o BC, o ritmo do processo de redução dos juros nos próximos meses e uma “possível intensificação” dependerão de evolução favorável de fatores que permitam maior confiança no alcance das metas de inflação em 2017 e 2018.

De acordo com a instituição, a inflação recente “mostrou-se mais favorável que o esperado, em parte em decorrência da reversão da alta de preços de alimento”, o que pode “sinalizar menor persistência no processo inflacionário”; que o nível de ociosidade na economia “pode produzir desinflação mais rápida do que a refletida nas projeções do Copom”; ou que os “primeiros passos no processo de ajustes necessários na economia foram positivos, o que pode sinalizar aprovação e implementação mais céleres que o antecipado”.

Somado a isso, Vecci aponta a necessidade de se empreender reformas estruturantes, como a previdenciária e tributária. “Tudo isso se soma para podermos ter dados financeiros melhores do que tivemos ao longo desse último período, criando condições favoráveis para baixar os juros. O que pagamos de dívida e amortização é grandioso. Então, quando se reduz 0,25% é como se fosse o orçamento de um grande ministério. Quanto mais pudermos baixar dentro da solidez das contas, melhor será; e é o que está se tentando fazer”, apontou, ao destacar que a redução da Selic foi um bom sinal.

Para o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), esse é um indicador de que a economia do país começa a caminhar de volta para a normalidade. “É um indicador de que a economia do país começa a caminhar de volta para a normalidade de onde os governos do PT a retiraram. Todavia, o risco de inflação legado pela ex-presidente impõe cautela nos futuros cortes. A desejável política de descontração monetária, ou seja, de baixa continuada dos juros, também exige, como contrapartida, rígido controle dos gastos públicos, para o que a aprovação pelo Congresso da PEC da responsabilidade mostra-se absolutamente imprescindível”, avaliou o senador.

A queda dos juros eleva as expectativas do mercado. As sondagens de confiança já mostram reação positiva. Além disso, o juro menor tende a desvalorizar o real, o que favorece as exportações da indústria e da agropecuária e a recuperação da economia através do setor externo. Os empregos ainda devem levar um tempo para serem recuperados, mas é fundamental que os juros continuem caindo e afetando os custos das empresas até que se estabilizem e voltem a contratar.

 (Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola)

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20 outubro, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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