Em maus lençóis
PF indicia Lula por propina de R$ 20 milhões de empreiteira a sobrinho
Apontado recentemente como chefe de esquema criminoso pelos procuradores da Lava Jato, o ex-presidente Lula sofreu mais um revés, com o indiciamento da Polícia Federal por crime de corrupção. As investigações apontam evidências de propina de R$ 20 milhões mascarada em contratos da Odebrecht, em Angola, assinados com a Exergia. Sobrinho de Lula, Taiguara Rodrigues dos Santos era sócio da empresa.
DEPOIMENTO NA CPI DO BNDES
“Lula foi indiciado por corrupção passiva, porque a PF concluiu que os contratos de Taiguara só aconteceram em razão do parentesco e das relações da empreiteira com Lula, além dos documentos que citam o próprio ex-presidente no negócio”, destaca trecho de reportagem publicada nesta quarta-feira no site da revista Época.
Em outubro de 2015, Taiguara depôs na CPI do BNDES da Câmara. Ele teve que dar explicações sobre o contrato. A Exergia teria sido contratada pela Odebrecht para trabalhar na ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, no país africano, no mesmo ano em que a Odebrecht conseguiu no BNDES um financiamento para realizar o projeto. A suspeita levantada na ocasião era de que houve influência do ex-presidente Lula para a empresa conseguir contrato.
Na ocasião, o deputado Betinho Gomes (PE) questionou o depoente sobre a prestação de serviços em Angola e se os contratos foram efetivamente cumpridos. Ele destacou que Taiguara não é especialista em engenharia nem tem capital para investir no exterior. “Não tem sentido uma empresa do porte da Odebrecht contratar uma empresa sem expertise, dimensão ou capital financeiro para esse tipo de serviço”, afirmou o tucano.
O deputado Miguel Haddad (SP), por sua vez, afirmou que até 2009 Taiguara não era um empresário de sucesso e questionou por que seria escolhido para ser sócio da Exergia Brasil. Para o tucano poucos empresários conseguem contratos que Taiguara conseguiu, sem qualificação, capital ou expertise de mercado.
Por sua vez, o deputado João Gualberto (BA) considerou estranho o fato de não ter sido exigido capital de Taiguara para ser sócio da empresa: “Está claro o tráfico de influência”, ressaltou na época.
Confira a íntegra da reportagem
(Da redação/foto: Alexssandro Loyola)
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