Êxito esportivo
Deputados reiteram apoio a iniciativas governamentais de incentivo ao esporte brasileiro
Conduzido pelos ministérios da Defesa e do Esporte, o programa Atletas de Alto Rendimento permitiu aos atletas olímpicos a conquista de medalhas e deu novas perspectivas a atletas brasileiros de excelência. Criado em 2008, o programa tem hoje 620 atletas militares e apoia 20 modalidades esportivas olímpicas. A continuidade do programa e maior volume de investimentos no esporte foram defendidos pelos deputados Luiz Carlos Hauly (PR) e Bruna Furlan (SP) durante audiência pública promovida nesta terça-feira (4) pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) a pedido de tucanos.
Durante a reunião, proposta pelo presidente da comissão, deputado Pedro Vilela (AL), e pelo 1º vice-presidente, Luiz Carlos Hauly (PR), o sucesso da decisão de incorporar atletas com bom rendimento nas Forças Armadas foi confirmado. Nas Olímpiadas desse ano, dos 465 atletas que participaram da disputa, 146 eram militares, o equivalente a 31,5% do total.
“Tudo o que a gente fizer pelo esporte é pouco, pois Educação não tem desenvolvimento se não houver esporte”, disse o deputado Hauly. Ele lembrou dos programas de inventivo à prática esportiva existente no Brasil que contaram com sua contribuição, a exemplo da Lei Pelé e da Lei Zico. “Não tenho dúvida a respeito da importância do esporte na formação do cidadão”, disse o parlamentar.
O presidente do Conselho Desportivo Militar do Brasil e diretor do Departamento de Desporto Militar (CDMB), vice-Almirante Paulo Martino Zuccaro, destacou o lema “Amizade através do Esporte”, construído ao longo dos anos pelo Ministério da Defesa. Todos as forças – Exército, Marinha e Aeronáutica – são importantes na formação de atletas.
O vice-almirante Zuccaro lembrou a participação das forças de defesa nacionais na implementação de algumas modalidades esportivas, a exemplo da esgrima, hipismo e vela. Segundo ele, essa história começou há mais de 100 anos com a criação do primeiro centro militar. A entrada de recursos do Ministério do Esporte contribuiu para essa história de sucesso registrada nos últimos anos.
Ele relatou ainda a existência do programa “Força no Esporte” abrigado na estrutura de quartéis, desde 2012. Resultado da parceria entre o Ministério do Esporte com o Desenvolvimento Social a Agrário, o programa atende quase 21 mil crianças e adolescentes que, no turno contrário ao da escola, participam de atividades esportivas, reforço escolar e tem orientação sobre cidadania e civismo. “Forma cidadãos e contribui para revelar talentos do esporte, a exemplo de Josias Ferreira Chagas, que deverá competir nos jogos olímpicos de 2020”, disse o vice-almirante.
O secretário nacional de Esporte de alto rendimento do ME, Luiz Eduardo Carneiro da Silva de Souza Lima, destacou a participação dos atletas militares na conquista de medalhas durante as Olimpíadas 2016, no Rio de Janeiro. Ele assumiu o compromisso de trabalhar para manter e ampliar o programa visando diminuir as disparidades existentes na representação das regiões brasileiras. “Dos 465 atletas olímpicos havia 294 do Sudeste e apenas seis da região Norte”, disse.
ESTRUTURA ESSENCIAL
Os atletas Vicente Lenilson de Lima, militar do Exército, medalha de prata em Atletismo na modalidade de revezamento 4×100 em Sidney e os medalhistas no Rio 2016, Bárbara Seixas de Freitas – da Marinha do Brasil, medalha de prata no vôlei de praia; Bernardo Souza Oliveira da Força Aérea Brasileira – tiro com arco e Rafael Carlos da Silva, medalha de bronze no judô, destacaram a importância do programa para que eles pudessem se dedicar exclusivamente aos treinos.
Emocionada com a sugestão feita por Rafael Silva de se criar um Centro Olímpico de Alto Rendimento que reúna 30 modalidades com estrutura e pessoal para auxiliar nos treinos, a deputada Bruna Furlan disse que, junto com prefeitos dos municípios que formam um consórcio na região de Barueri, vai avaliar a construção desse centro esportivo.
(Reportagem: Ana Maria Mejia/ Foto: Alexssandro Loyola)
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