Relações Exteriores
Haddad concorda com posição de Macri sobre inconveniência da Venezuela no Mercosul
Em entrevista a jornais brasileiros, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou que o Mercosul estaria melhor sem a Venezuela. O dirigente defendeu aumentar a pressão sobre o governo de Nicolas Maduro, e assegurou que se o país não se adequar às regras do bloco econômico até dezembro deste ano, deve ser eliminado do grupo. Para o deputado Miguel Haddad (SP), a posição de Macri representa a opinião da maioria dos fundadores do Mercosul.
Por ordem alfabética, a Venezuela deveria ter assumido a presidência do bloco regional assim que o Uruguai deixou o posto, em julho deste ano. No entanto, Caracas falhou em adotar as normas com as quais se comprometeu como condição para compor o bloco, principalmente as regras que exigem o respeito às instituições democráticas e aos direitos humanos. Mauricio Macri também defendeu a realização do referendo revogatório na Venezuela neste ano, mecanismo que pode abreviar o mandato presidencial de Nicolas Maduro.
“A verdade é a Venezuela não respeita uma série de regras, principalmente em relação a direitos humanos, e ela pouco acrescenta em termos comerciais. A manifestação do presidente Maurício Macri está correta. É o sentimento da maioria da população, tanto argentina quanto brasileira”, disse Haddad.
Para o tucano, a manutenção da Venezuela no bloco econômico seria um atestado de apoio ao autoritarismo de Maduro, tradicional aliado do PT e dos governos de Lula e Dilma Rousseff. “De certa forma, mantê-la dentro do Mercosul é dar legalidade ao regime que é absolutamente autoritário”, completou.
Na próxima segunda-feira, o presidente Michel Temer fará sua primeira visita bilateral à Argentina. Aos jornalistas brasileiros, Macri voltou a defender a constitucionalidade do impeachment de Dilma Rousseff e reforçou que a Argentina foi o primeiro país a afirmar que o novo governo é legítimo.
(Da Agência PSDB, com alterações/foto: Alexssandro Loyola)
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