Prejuízos milionários
Líder contesta Dilma e diz que processos da refinaria de Pasadena estão bem vivos
O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), contesta declaração da ex-presidente Dilma Rousseff dando conta de que os processos relacionados a malsucedida aquisição da refinaria de Pasadena (foto) são coisa do passado e estão arquivados. O tucano tem mantido contato com o Tribunal de Contas da União e garante que providências relativas à penalização dos responsáveis pela negociata estão sendo adotadas e o caso está bem vivo.
Imbassahy, que foi vice-presidente da CPI da Petrobras em 2015, lembra que, no decorrer do funcionamento da comissão, foram ouvidos vários envolvidos.
“A CPI ouviu Luciano Coutinho, que também foi presidente do conselho da empresa, e os ex-dirigentes da estatal Graça Foster, Sérgio Gabrielli, João Adalberto Elek e Paulo Roberto Costa. Todos citados foram nomeados por Lula e Dilma. Ficou clara a responsabilidade do Conselho de Administração, então presidido por Dilma, na compra de Pasadena. Os relatos foram entregues ao TCU. Ante os fatos comprobatórios, o tribunal resolveu tomar providências, pedindo o bloqueio dos bens de Dilma. Agora o caso segue para decisão final”, disse Imbassahy.
Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) pede que ex-integrantes do Conselho de Administração da Petrobrás, entre eles a ex-presidente Dilma, sejam responsabilizados e tenham os bens bloqueados em virtude das perdas envolvendo a compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).
Como destaca reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo”, é a primeira vez que o setor de auditoria da corte propõe tornar indisponível o patrimônio dos ex-conselheiros por prejuízos no negócio, investigado na Operação Lava Jato.
Dilma chefiava a Casa Civil do governo Lula e presidia o Conselho de Administração em 2006, quando foi aprovada a aquisição dos primeiros 50% da refinaria. O chefe da Secretaria de Controle Externo da Administração Indireta do TCU no Rio de Janeiro (Secex Estatais), Luiz Sérgio Madeiro da Costa, pede que os ex-conselheiros sejam considerados responsáveis solidários por perdas de ao menos US$ 266 milhões (R$ 858,3 milhões). O bloqueio dos bens de todos, inicialmente por um ano, visa a cobrir eventual ressarcimento à estatal, informa o jornal paulista.
(Da assessoria do deputado, com informações do jornal “O Estado de S.Paulo/foto: divulgação)
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