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Deputados endossam defesa da legalidade do impeachment feita por Temer na ONU
Deputados do PSDB que estão à frente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara (CREDN) elogiaram nesta terça-feira (20) a defesa da legalidade do processo de impeachment feita pelo presidente Michel Temer no discurso de abertura da 71ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (leia a íntegra).
Diante de chefes de Estado de dezenas de países, Temer destacou que o processo que culminou na queda de Dilma foi absolutamente legal. “O Brasil acaba de atravessar processo longo e complexo, regrado e conduzido pelo Congresso Nacional e pela Suprema Corte brasileira, que culminou em um impedimento. Tudo transcorreu dentro do mais absoluto respeito à ordem constitucional”, discursou.
Conforme ressaltou, não há democracia sem Estado de Direito e sem normas que se apliquem a todos. Ainda na avaliação do presidente, as mudanças recentes no país se deram sob olhar atento de uma sociedade plural e de uma imprensa inteiramente livre.
Para o presidente da CREDN, Pedro Vilela (AL), Temer acertou e colocou ao mundo, de forma correta, a conjuntura brasileira. “Atravessamos um processo de impeachment que respeitou em todos os momentos o que prevê a Constituição e foi acompanhando pela mais alta corte de Justiça do país”, lembrou.
Vilela disse ainda que a comunidade internacional dá mostras efetivas de que reconhece como legítimo o processo ocorrido no Brasil. “Tanto é assim que o presidente Temer vem participando de seguidas reuniões com os principais líderes internacionais. Já esteve na China e agora participa do momento mais importante da diplomacia internacional no ano”, destacou.
Para o 1º vice-presidente da CREDN, Luiz Carlos Hauly (PR), a defesa da legalidade do processo de impeachment vai ao encontro do pensamento do PSDB e da maioria esmagadora da população. “Foi um processo legítimo, democrático e constitucional, que contou com a chancela do Supremo Tribunal Federal e com amplo direito de defesa”, recordou.
RETOMAR O CRESCIMENTO
Além de citar vários temas que desafiam a diplomacia internacional, como os conflitos que levaram ao deslocamento de milhares de refugiados pelo mundo, Temer manifestou aos países confiança na recuperação do país.
“Nossa tarefa, agora, é retomar o crescimento econômico e restituir aos trabalhadores brasileiros milhões de empregos perdidos. Temos clareza sobre o caminho a seguir: o da responsabilidade fiscal e da responsabilidade social”, discursou o chefe de Estado brasileiro.
Pedro Vilela chamou a atenção para a herança deixada por Dilma: uma crise econômica que penaliza milhões de brasileiros, fruto em grande parte de decisões erradas do governo do PT. “O esforço da nova gestão é corrigir essa rota e devolver ao Brasil condições de ser um país competitivo e retomar o crescimento da economia. E nisso o governo tem um papel fundamental, fazendo o ajuste ajuste fiscal para equilibrar suas contas”, declarou.
Defensor ferrenho das reformas, Luiz Carlos Hauly avaliou que Temer acertou ao citar os caminhos para reconstruir o Brasil diante do legado desastroso deixado pelo PT. “Internamente nós sabemos o tamanho do sofrimento de milhões de brasileiros com a crise econômica provocada pela incompetência petista, levando o país a decrescer economicamente”, alertou. Para o tucano, é preciso responsabilidade fiscal e a adoção das reformas – como a tributária e a previdenciária – para o Brasil finalmente sair do buraco.
Temer foi o primeiro chefe de Estado a discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas, seguindo a tradição. Os ministros das Relações Exteriores e da Justiça, os tucanos José Serra e Alexandre de Morais, respectivamente, integram a delegação brasileira na ONU.
(Reportagem: Marcos Côrtes/fotos: Alexssandro Loyola e Beto Barata/PR/Áudio: Hélio Ricardo)
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