Grande desafio pela frente


Para deputados, fechamento de 1,5 milhão de vagas de trabalho é a herança mais perversa do PT

mosaico 2As estatísticas oficiais mais recentes dão a dimensão exata da trágica social deixada pelo governo do PT: a última edição da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), com dados fechados de 2015, aponta uma redução de 1,5 milhão de postos de trabalho com carteira assinada. Nesta segunda-feira (19), deputados do PSDB afirmaram que esta é a pior consequência da severa crise econômica construída pelo partido de Dilma e Lula no mercado de trabalho brasileiro.

“É uma herança que estamos trazendo desse governo que abalou a toda a sociedade brasileira”, disse o deputado Nelson Padovani (PR). Ele ressalta a preocupação que esses números trazem sobre o futuro do pais. “Não podemos conviver com essa situação. São pais de famílias, que precisam pagar aluguel, levar seus filhos à escola”, afirmou ao citar exemplos de despesas do dia a dia. O parlamentar pondera que parte desses desempregados está sobrevivendo de indenizações recebidas dos ex-empregadores, mas esse dinheiro tem data certa para acabar. 

Por meio de sua página no Facebook, o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), chamou a atenção para os números e cobrou ação urgente.  “O governo e o Congresso têm que trabalhar duro na reconstrução do país para superar o dramático quadro do desemprego”, escreveu o líder.

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Segundo o deputado Domingos Sávio (MG), o povo brasileiro é o grande prejudicado com o desgoverno que sofreu recentemente impeachment. “Vítima dessa quadrilha que o PT instalou no poder, levando o país a perder credibilidade, falindo instituições”, criticou. Presidente do PSDB-MG, o parlamentar lamentou tamanha incompetência, que cobra o preço do cidadão. “Justamente o trabalhador, que depositou todas as suas esperanças num governo que dizia ser do trabalhador; é um governo que os traiu e mentiu para o povo para tentar se perpetuar no poder”, disse.

PIOR NÚMERO EM 24 ANOS

Como destaca a edição desta segunda da Carta de Formulação e Mobilização Política, editada pelo Instituto Teotônio Vilela, foi o pior resultado nos 24 anos desde que a Rais é medida. Há menos empregos formais no Brasil do que em 2013. Outra comparação é feita com o governo de Fernando Collor de 1990 a 1992, quando o emprego encolheu drasticamente. Esse ano, já são mais de 620 mil vagas cortadas até julho. “São Dilma Rousseff e o PT fazendo história. É mais um ‘nunca antes na história”, ironiza o documento do órgão de estudos políticos do PSDB.

Ao chamar a atenção para a existência de mais de 12 milhões de desempregados, Domingos Sávio lembra ainda que os cálculos não levam em conta a necessidade dos jovens que procuram desesperadamente uma primeira oportunidade e não conseguem. 

Em 2015, todas as categorias profissionais minguaram: empregos na construção civil encolheram 14% e a indústria perdeu 604 mil empregos. A única exceção foi a agricultura. Os rendimentos também caíram: em média, 2,5% no ano. “Nós vivemos um dos piores momentos da história democrática e precisamos ter consciência de que teremos muita dificuldade para superar essa crise. E, por isso, precisamos esclarecer que a crise econômica e política que o país enfrenta é resultado da má gestão do PT”, completou.

Entusiasta, Nelson Padovani diz ser o momento de unir esforços para superar a crise. Ele cita como exemplo, o incentivo para renovação da frota brasileira. A conversa com o ministro da Indústria e Comércio, Marcos Pereira, foi na terça-feira. Nesta quarta-feira haverá reunião com representantes de 19 sindicatos para debater o projeto. Para ele, a iniciativa vai atrair milhares de empregos tanto para as montadoras quanto para as 2 mil fábricas que produzem os componentes. “É um novo momento. Estamos passando o país a limpo”, disse ele.

(Reportagem: Ana Maria Mejia/fotos: Alexssandro Loyola/Áudio: Hélio Ricardo)

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19 setembro, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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