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Números mostram gestão desastrosa de programa de infraestrutura ao longo do governo petista 

A obra de Transposição do Rio São Francisco já custou R$ 9,5 bilhões e ainda não está pronta. É a mais cara do PAC.

A obra de Transposição do Rio São Francisco já custou R$ 9,5 bilhões e ainda não está pronta. É a mais cara do PAC.

O legado da administração petista à frente do Palácio do Planalto é um desastre na área de infraestrutura: principal iniciativa do governo passado, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) transformou o país em um cemitério de obras inacabadas: são 5,2 mil, sendo 35% no Nordeste. Em oito anos (2007 a 2015), apenas 37% dos projetos foram concluídos.

Entre os dez maiores empreendimentos, apenas dois ficaram prontos. O restante caminha a passos lentos e alguns, a exemplo da Refinaria Premium I, no Maranhão, foram simplesmente abandonados. Prejuízo: R$ 2,8 bilhões. Em Pernambuco, a refinaria Abreu e Lima trouxe um rombo de US$ 3,2 bilhões à Petrobras. A obra de Transposição do Rio São Francisco já custou R$ 9,5 bilhões e ainda não está pronta. Todos esses números foram destacados em reportagem do “Correio Braziliense”. 

De acordo com os deputados Eduardo Cury (SP) e Izalci (DF), o PT não investiu em planejamento e fez uma gestão irresponsável e temerária.“O PAC foi empacotado como um projeto eleitoreiro, sem preocupação com planejamento”, disse Cury nesta segunda-feira (12). Para ele, a quase totalidade das obras do PAC tem problemas – seja de superfaturamento ou má qualidade. “Não se estabeleceu prioridades, nem previu impactos ambientais, nem desapropriação”, reprovou. Para ele, será um grande desafio para o novo governo retomar as obras e reduzir o desperdício de dinheiro público.

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O novo governo ainda busca mapear o desperdício – faltam dados para fechar a conta. Independente do volume, quem quitará essa conta é o cidadão, pois ele vai pagar duas vezes – pela obra e pelo conserto delas. Em discurso na tribuna da Câmara, Izalci citou apenas o exemplo da herança deixada pelo governo petista no Ministério das Cidades, responsável por obras que beneficiam milhares de pessoas, como moradias populares.

Segundo ele, o limite orçamentário deixado pela administração anterior para 2016 é de R$ 8 bilhões. “Mas a pasta tinha nada menos que R$ 66 bilhões em compromissos a cumprir. Só na área de mobilidade seria necessários 71 anos para honrar os acordos firmados pela gestão da ex-presidente, demonstrando a sua incompetência e irresponsabilidade para governar o pais”, criticou o parlamentar.

Para Izalci, o modelo de gestão não se preocupava se havia recursos financeiro para cumprir termos de compromisso, projetos e obras. “Irresponsabilidade fiscal e financeira marcaram essa gestão”, reclamou. No programa Minha Casa, Minha Vida,  quase 70 mil casas na Faixa 1, destinadas a pessoas com renda de até R$ 1.800,00, estavam paralisadas, alertou.

Ouvido pelo jornal, o economista Cláudio Frischtak, presidente da InterB Consultoria, classificou o programa petista de “desastroso”. “Quando olhamos a execução do PAC a conclusão é que o programa foi desastroso. Muita coisa que começou não terminou e, em alguns setores, os problemas foram mais acentuados do que solucionados”, reprovou. 

Diante dessa herança maldita, o presidente Michel Temer resolveu agir. Em agosto, anunciou que retomará e concluirá 1.519 obras de infraestrutura que estavam paradas, incluindo unidades do Programa Minha Casa Minha Vida.

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12 setembro, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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