Inclusão

Mara Gabrilli participa de abertura das Paralimpíadas e discute agenda positiva com líderes internacionais

Convidada pelo Presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Nuzman e em seguida pelo presidente Michel Temer e sua esposa, Marcela Temer, a deputada Mara Gabrilli (SP) acompanhou o casal no Palácio do Itamaraty do Rio de Janeiro, onde ocorreu a recepção aos chefes de Estado que chegam para os Jogos Paralímpicos. Em seguida, participaram da abertura dos jogos Maracanã. A tucana aproveitará a passagem na capital carioca para realizar reuniões importantes.

Durante os dias 8 e 9 de setembro, a parlamentar tem reuniões agendadas com as Ministras para pessoas com deficiência da Nova Zelândia, Nicky Wagner, e da Grã-Bretanha, Penny Mordaund, que querem conhecer melhor a Lei Brasileira de Inclusão, que foi relatada pela tucana, além de entender como o Brasil tem trabalhado a questão da empregabilidade da pessoa com deficiência. Tetraplégica, Mara é fundadora do Instituto Mara Gabrilli, ONG que hoje apoia 31 atletas com deficiência de alto rendimento.

“Comparado a muitos países, nos últimos dez anos, o Brasil cresceu de maneira significativa se pensamos em termos de conduta inclusiva. Isso ficou evidente durante a última visita que fiz à ONU, na 9ª sessão da Conferência dos Estados Partes da Convenção. Estamos à frente de diversos países signatários da convenção das Nações Unidas que ainda enfrentam barreiras

enormes para garantir, por exemplo, direitos civis às pessoas com deficiência intelectual”, afirma a parlamentar.

Em apoio ao esporte olímpico brasileiro, a deputada conseguiu aprovar por meio da Lei Brasileira de Inclusão, o aumento de repasse da arrecadação bruta da loteria federal de 2% para 2,7% aos Comitês Olímpico e Paralímpico Brasileiro. Destes, 62,96% são destinados ao COB e 37,04% ao CPB. Antes eram 85% ao COB e 15% ao CPB. Ainda assim, não houve redução da arrecadação do COB.

“Nosso país tem hoje uma das legislações mais completas do mundo para pessoas com deficiência. A LBI trouxe avanços não só no esporte, mas em áreas como educação, trabalho, cultura, lazer e, principalmente, ela veio para garantir o protagonismo da pessoa com deficiência. Agora temos de fato que tirar essa lei do papel e nada melhor que um evento do porte de uma Paralimpíada para alavancar esses direitos e tornar ainda nossa legislação um modelo a ser seguido por outros países”, afirma.

Fundadora do Instituto Mara Gabrilli, a deputada ainda se diz animada para conferir o desempenho dos paratletas da organização que participarão dos Jogos Paralímpicos. No total, serão quatro esportistas a disputar medalhas na Rio 2016: Débora Campos (tiro esportivo), Yeltsin Jacques (atletismo), Maiara Barreto (natação) e o Márcio Braga (lançamento de disco).

“Quando fundei a ONG, em 1997, esses atletas treinavam o dia todo para simplesmente ter garantido um prato de comida. Ver essa equipe de medalhistas brilhantes disputando pódios aqui no Brasil hoje é uma emoção muito grande”, afirma.

Na Rio-2016, a meta traçada pelo CPB (Comitê Paralímpico do Brasil) é que a delegação termine a Paraolimpíada entre as cinco melhores da classificação geral, utilizando como critério o total de medalhas de ouro. Diferentemente do que acontece no universo olímpico, o país já é considerado uma potência paralímpica. Com 287 para-atletas, o contingente nacional que competirá no Rio constitui recorde em Londres, por exemplo, foram 189 atletas.

SOBRE O INSTITUTO MARA GABRILLI

O Instituto Mara Gabrilli (www.img.org.br) é uma organização sem fins lucrativos fundada em 1997 com o objetivo de promover a autonomia de pessoas com deficiência, disseminar conhecimento sobre acessibilidade e realizar ações que tornem a sociedade mais inclusiva e humana. Seus projetos incluem suporte a atletas paralímpicos, produção de materiais informativos, orientação à pessoa com deficiência e seus familiares, além do apoio a pesquisas científicas com foco na cura de paralisias.

(Da assessoria da deputada/foto: )