Relações Exteriores
Reação negativa de “bolivarianos” ao impeachment era esperada, diz Vilela
O desfecho do processo de impeachment que afastou definitivamente Dilma Rousseff do cargo de presidente da República foi recebido com críticas de países aliados ao petismo, como Bolívia, Equador e Venezuela. Para o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara (CREDN), Pedro Vilela (AL), a reação negativa dos “bolivarianos” era esperada.
“As razões para essa revolta são muito claras. Não é segredo para ninguém que os governos que ora estão no comando desses países sempre tiveram uma cumplicidade muito forte com o PT. Então é natural que esses governantes ajam dessa forma”, afirmou nesta quinta-feira (1).
Por outro lado, nações com forte peso no cenário geopolítico, como os EUA, consideraram a decisão legítima. A ONU também expressou expectativa positiva com os rumos do país no pós-impeachment. “De instituições que tem apreço pela democracia e respeitam o princípio democrático como fundamental, o reconhecimento do exterior virá sem qualquer questionamento ou dúvida. Isso aconteceu com a ONU. O governo dos Estados Unidos também é um exemplo de democracia que já se posicionou pela legitimidade do governo do presidente Michel Temer, assim como também o da Argentina e outros vários no continente europeu”, disse o presidente da CREDN.
Vilela ressaltou a importância do respeito à oposição no regime democrático e considerou que o governo venezuelano não é o mais apropriado para opinar sobre o que acontece no Brasil. ”A Venezuela reclama, mas lá eles têm um regime de governo que não respeita as minorias, não respeita a oposição, não exercita a democracia de forma plena e nem garante o respeito aos direitos humanos. O presidente Temer, com a formação democrática que tem e a sua base de apoio, não vai perseguir a oposição. Pelo contrário: vai tolerá-la com o respeito devido”, disse.
O tucano completou dizendo que as ameaças de Dilma e Lula fazem parte do “jogo político” e que não teme que a resistência do PT com os países vizinhos possa atrapalhar a retomada do crescimento do Brasil. “O governo do presidente Temer será um governo de reconstrução nacional. Nós não vamos permitir que a oposição, que o PT, seja no Brasil ou por meio de articulações internacionais, venha a querer prejudicar o desenvolvimento do nosso país”, concluiu o tucano.
Os ex-presidentes Dilma e Lula já declararam publicamente que formarão uma ampla frente de esquerda para tentar prejudicar as articulações do governo do presidente Michel Temer no Congresso. Os petistas também já receberam apoio dos países vizinhos com ideologia semelhante à do PT.
(Da Agência PSDB, com alterações/foto: Alexssandro Loyola)
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