Página virada, por Bruno Covas
Estamos vivendo um desses históricos momentos da nossa República. Não há a menor dúvida que o dia 31 de agosto de 2016 ficará imortalizado nos livros de história de todo o mundo, tendo em vista tratar-se da consagração da nossa jovem Democracia.
Nos últimos meses vimos a população brasileira indo às ruas de maneira pacífica e espontânea para manifestar sua indignação e seus justos anseios por um futuro melhor. Acompanhamos nossas instituições cumprindo com suas respectivas funções de maneira altiva e honrada.
No Congresso Nacional travaram-se os mais calorosos e respeitosos debates ideológicos. A Câmara debateu incansavelmente e com total imparcialidade o assunto em Comissão Especial, a qual tive a honra de participar.
Agora, quase cinco meses depois, após cumprimento de todos os ritos, o Senado Federal encerra uma etapa da nossa história de maneira exemplar, em consonância com a vontade popular.
Trata-se da conclusão do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e da finalização da era petista no Governo Federal. Uma era manchada de muita corrupção e extrema má gestão. Uma era que levou nosso país ao colapso. Nossa economia foi à bancarrota, nossa Política afundou em uma crise jamais vista e, na esfera social, a população ficou à míngua. São 12 milhões de desempregados e uma dívida externa gigantesca.
É bem verdade, que, no último minuto, alguns senadores optaram por rasgar a Constituição, ao votar pela manutenção dos direitos políticos da ex-presidente. Afinal, julgada culpada, como o foi, a inelegibilidade por oito anos deveria vir junto. Não há como separar essas duas questões.
No entanto, não podemos desviar nossa atenção do fato mais importante: de enfim podermos falar que a era petista felizmente é uma página virada. A nossa jovem democracia dá um passo adiante, dizendo que não basta ter 50 milhões de votos. Todos entendemos que Dilma rasgou a Constituição. Porém, a Constituição é para todos, a lei é para todos. E quem comete crime de responsabilidade fiscal não vai continuar a presidir este País.
De agora em diante teremos a importante responsabilidade de reconstruir nosso país de forma a resgatar a dignidade do nosso povo, devolver a capacidade de sonhar com um futuro melhor e avançarmos nas reformas tão necessárias para o desenvolvimento do nosso país.
A resolução do processo de impeachment já resgatou um processo importantíssimo para a economia. Trouxe de volta o otimismo e confiança para empresários e para a população em geral. Mas a troca de governo, por si só, está longe de ser suficiente.
Nós, no Congresso Nacional, temos a responsabilidade de atuar para aprovar as medidas necessárias para ajudar o nosso país a voltar a crescer dignamente. E o PSDB está ao lado da população e pronto para ajudar o Brasil de uma vez por todas.
(*) Bruno Covas é deputado federal pelo PSDB-SP.
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