Juízo final
Para tucanos, Brasil vai virar triste página de sua história com afastamento definitivo de Dilma
O Senado iniciou nesta quinta-feira (25), sob o comando do presidente do Supremo Tribunal Federal, o julgamento que deverá consolidar definitivamente a troca de comando no país. Diante do legado desastroso da gestão de Dilma Rousseff, como as manobras nas contas públicas e a grave crise econômica, deputados do PSDB afirmam que a conclusão do processo representará uma virada de página na história do país. A expectativa é que o impeachment seja sacramentado até a próxima terça-feira (30).
Confira a íntegra do processo apresentado em outubro do ano passado
“Finalmente está chegando o dia do juízo final, o dia de afastar uma presidente que violou a Constituição, mentiu para os brasileiros, destruiu a economia e participou desse processo de corrupção na Lava Jato e petrolão. Agora vamos começar com um novo cenário de muita esperança e de muita expectativa para o povo brasileiro”, afirmou o líder Antonio Imbassahy (BA) ao avaliar o desfecho da ação iniciada em dezembro.
De acordo com o deputado Raimundo Gomes de Matos (CE), a população brasileira aguarda com muita ansiedade o desfecho final e a conclusão de todo esse processo de análise do afastamento definitivo da presidente Dilma. “Considero já ser irreversível o afastamento definitivo dela, até porque vários senadores já sinalizaram com seus posicionamentos”, afirmou nesta manhã. O parlamentar afirma a saída da petista será boa para o país e garantirá a retomada do desenvolvimento social e econômico.
FRAUDE FISCAL
A presidente afastada responde pelo cometimento de crime de responsabilidade. Entregue em outubro do ano passado, a denúncia é assinada pelos juristas, Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal. A peça aponta a prática das chamadas “pedaladas fiscais”, ou seja, o atraso nos repasses do Tesouro Nacional para bancos públicos, e a abertura de créditos com inobservância à Lei Orçamentária Anual e à Constituição.
Para Nelson Marchezan Júnior (RS), o Partido dos Trabalhadores deixa o comando do país com um legado de enormes prejuízos nas esferas ética e moral e nas finanças públicas. “Felizmente estamos chegando ao final dessa angústia e deixando o governo mais aberto para que ele possa efetivamente trabalhar e fazer tudo o que precisa ser feito para que possamos recuperar os anos de prejuízos deixados pelo PT”, destacou.
Para o tucano, a superação de todos os males que foram feitos na gestão petista não será algo fácil. “Será muito difícil superar, mas tem que se iniciar. E começa após o impeachment definitivo da presidente Dilma”, completou.
São oito testemunhas convocadas, duas de acusação e seis de defesa. Essa fase dura até a audiência e inquirição da última delas, podendo estender- se pela sexta-feira (26) e até pelo fim de semana. Na segunda-feira (29), após o questionamento dos senadores, Dilma Rousseff pode optar por responder ou não às perguntas.
A presidente tem 30 minutos para falar, que podem ser prorrogados a critério do presidente da sessão. A votação deve acabar na terça-feira (30), quando os senadores assinarão a sentença e será feita a comunicação oficial à presidente afastada e ao presidente interino. Para o impeachment ser aprovado, é necessário o apoio de pelo menos 54 dos 81 senadores.
(Reportagem: Elayne Ferraz/fotos: Gerdan Wesley e Alexssandro Loyola/Áudio: Hélio Ricardo)
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