O PT em seus estertores, por Luiz Carlos Hauly
Dilma Rousseff promoveu, confortavelmente instalada ou no Palácio do Planalto ou no da Alvorada, uma maratona de entrevistas para denunciar à imprensa estrangeira ser vítima de um “golpe”. Ela se referia ao processo de impeachment por crime de responsabilidade que resultou no seu afastamento temporário da presidência da República. O processo seguia e segue estritamente o ordenamento jurídico e o regimento do Congresso.
Um dia depois de ela ser formalizada como ré no Senado por maioria esmagadora de votos, deputados do PT protocolaram na Comissão de Direitos Humanos da ONU um aloprado pedido de “suspensão liminar” do processo de impeachment, alegando tratar-se de um “golpe de estado com a participação do Judiciário e do Congresso”.
Entrementes, o ex-presidente Lula batia às portas da ONU para acusar o juiz federal Sérgio Moro, que preside os processos da Lava Jato, de ser “parcial” e “arbitrário” em relação a ele. Fiel a esse argumento despudoramente mentiroso, o PT editou uma “cartilha” em quatro idiomas para denunciar à imprensa e autoridades estrangeiras que Lula sofre uma “perseguição implacável”, sem paralelo na história brasileira e movida por “agentes partidarizados do Estado, no Ministério Público, na Polícia Federal e no Poder Judiciário”. Esses agentes, segundo a “cartilha”, estão empenhados numa caçada frenética para “encontrar um crime – qualquer um – para acusar Lula e levá-lo aos tribunais”.
Essa campanha internacional teve início depois de esgotados todos os meios – e foram vis e truculentos – para impedir que o país despertasse para o pesadelo em que o PT o havia mergulhado e o avanço das investigações da Lava Jato.
O PT fez da mentira o trampolim para chegar ao topo do poder político e nele se manter e recorre a ela para denegrir aqueles que, amparados na lei, os apearam para impedir que a volúpia pelos bens públicos e a inépcia administrativa, que caracterizaram o ciclo lulopetista, destruíssem o país.
O ciclo petista encerrou-se – o afastamento definitivo de Dilma o sacramentará -, e ouso sentenciar: encerrou-se definitivamente! O mito que o PT construiu de si e de seu líder máximo Lula ruiu por obra e desgraça de sua arrogância, erros e crimes. O PT chegou aonde chegou porque fez a nação acreditar que finalmente surgiram homens e um partido empenhados em construir um novo país, fundamentado na ética da vida pública. E que a fidelidade à ética associada à excelência administrativa impulsionaria o crescimento econômico.
O PT entregou justamente o contrário do que prometeu!
Líderes do partido presos – entre eles três tesoureiros! Dilma, ré por crime de responsabilidade e também por tentativa de obstrução da Justiça. Lula réu por tentativa de obstrução da Justiça e investigado em várias frentes por corrupção, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e apontado pela Lava Jato como o mentor e beneficiário do petrolão.
O PT e seus líderes estão não apenas sendo afastados do poder: estão fazendo história como a mais poderosa e ousada organização criminosa surgida em terras brasileiras.
As mentiras que difunde mundialmente são os estertores de um partido e dos mitos que construiu. Quem vive indignamente, morre da mesma forma.
(*) Luiz Carlos Hauly é deputado federal pelo PSDB-PR. (foto: Alexssandro Loyola)
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