Mais prudência


Rogério Marinho reitera importância da contenção de gastos para reestruturação do país

Rogério Marinho em discursoApós reunião com as bancadas do PSDB no Congresso na terça-feira (23), o presidente nacional do partido, senador Aécio Neves, criticou a falta de comprometimento da base parlamentar do governo do presidente em exercício Michel Temer com o ajuste das contas públicas. O tucano defendeu, em entrevista à imprensa, a aprovação de reformas estruturais. Segundo ele, a base governista emite “sinais trocados” ao apoiar projetos que aumentam gastos em um momento de grave recessão econômica deixado pela gestão da presidente afastada Dilma Rousseff.

Aécio ressaltou que a reconstrução do Brasil passa pelo equilíbrio das contas públicas e por reformas estruturais. “É preciso que o partido do presidente da República, e outros partidos políticos que o apoiam, tenham essa compreensão, se não o governo fracassará. E se o governo Temer fracassar, fracassa o Brasil. Não queremos isso. Queremos ajudar o governo Temer a enfrentar as dificuldades, mas elas precisam ser enfrentadas com clareza e com coragem”, afirmou.

Para o deputado Rogério Marinho (RN), o posicionamento do PSDB é correto no sentido de fazer com que o governo entenda que é preciso criar um teto para os gastos públicos. “Não adianta o discurso sem a prática. A ficha precisa cair para todos. Não adianta o PSDB fazer sua parte se os demais partidos da base estão cedendo às pressões das corporações. O que tem nos causado incômodo é que o Estado é presa das corporações. É necessário que aprovemos a [Proposta de Emenda à Constituição] PEC 241, que vai limitar os gastos em função do crescimento da inflação”, explicou.

O parlamentar também citou que a aprovação da PEC 241 será de extrema importância para o ajuste das contas públicas. “Vai permitir que, caso haja aumento de receita, isso possa ser utilizado para amortizar as dívidas e, eventualmente, servir de contrapartida para projetos de investimentos. O Brasil precisa pensar na próxima geração, não na próxima eleição. Esse é o recado do PSDB. Estamos pedindo ao PMDB que tenhamos uma agenda de país. Nós estamos dentro do governo, mas o governo não pode ficar claudicante no sentido de ceder às pressões das corporações para aumentar salários no momento em que há um déficit de mais de R$ 170 bilhões”, completou.

REFORMAS

Na reunião de ontem, Aécio discutiu ainda com as bancadas a conjuntura e projetos defendidos pelo partido. O senador ressaltou que a posição da sigla é trabalhar pela votação das reformas estruturais. “O papel do PSDB é pressionar pelas reformas, que devem começar pela inibição dos gastos. Não há clima, não é momento mais para aumento de despesas do governo. A bancada federal concorda integralmente com isso”, ressaltou.

Na avaliação de Marinho, as reformas fiscal, previdenciária, trabalhista e política são essenciais para que os custos da máquina pública deixem de aumentar e o país possa avançar. “A economia precisa urgentemente ser recomposta. Ou nós trabalhamos com austeridade para termos um ajuste fiscal de verdade, ou teremos dificuldade no futuro de recolocarmos o país nos trilhos do desenvolvimento, que é a proposta e a agenda do governo que nós estamos inseridos. O Estado não pode mais continuar nesse ciclo vicioso que é a nossa realidade atual, que constrange o país e nos coloca no sentido inverso de desenvolvimento mundial”, concluiu.

(Da Agência PSDB/foto: Alexssandro Loyola)

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24 agosto, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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