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Tucanos afirmam que apelo à OEA contra impeachment mostra desespero dos petistas
Deputados do PSDB rechaçaram o apelo feito por petistas à Organização dos Estados Americanos (OEA) no sentido de tentar parar o processo de impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff. Deputados federais do PT protocolaram petição na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da entidade contra o impedimento da petista.
Os tucanos apontam a inconsistência do apelo feito pelos petistas, que usam a velha tese do “golpe” para pedir uma interferência da OEA no Brasil. Os deputados petistas pediram que Dilma volte à Presidência da República e que o processo no Senado seja suspenso, em caráter liminar, até que a comissão se posicione sobre o assunto.
Diante de todo cumprimento das fases processuais do impeachment, o deputado Raimundo Gomes de Matos (CE) aponta que não cabe apelar dizendo que um instrumento constitucional como o impeachment seja golpe. “Esse é um processo conduzido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal. Não é algo meramente político, é jurídico também e teve seu rito determinado pelo STF. Querem ir à OEA, aparecer na mídia internacional, mas lá fora já caiu a ficha e já sabem quem são Lula e Dilma. Ninguém vai dar guarida a esse apelo”, criticou.
Durante a votação, no Senado, que aprovou o relatório do senador Antonio Anastasia (MG), o deputado Eduardo Cury (SP) gravou vídeo ao lado do senador do PSDB. Ambos detalharam o rito processual, que agora segue para a fase final com a pronúncia das partes e o julgamento, e chamaram a atenção para o pleno funcionamento da democracia no Brasil, derrubando mais uma vez a tese infundada de golpe.
Como destacou o deputado paulista, o que os petistas insistem em chamar de ‘golpe’ é um processo constitucional que está sendo conduzido pelo ministro Ricardo Lewandowski, presidente da mais alta corte da Justiça brasileira.
O deputado Guilherme Coelho (PE) destaca que o rito do impeachment respeitou a lei e toda a Constituição. A reação dos petistas e o apelo a organizações internacionais demonstra, segundo ele, o desespero dos poucos aliados que restaram a Dilma e Lula, já que no Brasil todos sabem a realidade. “Mas quem perde tem o direito de espernear”, apontou.
PROPOSTA TARDIA E SEM RESPALDO
Como se não bastasse, a presidente afastada resolveu defender publicamente a realização de um plebiscito para que a população decida sobre a realização de uma nova eleição para substitui-la ainda neste ano. Como de costume, Dilma se atrasou com a proposta, como apontam os parlamentares tucanos.
A ideia da petista de tentar driblar sua deposição via impeachment com a realização de uma consulta popular não tem respaldo constitucional e muito menos popular. “Ela não tem apoio nenhum para isso, não consegue convencer, pois sempre mentiu para os brasileiros, a exemplo do que também fez o ex-presidente Lula. Ambos ganharam eleições prometendo coisas que não cumpriram”, apontou Gomes de Matos.
(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)
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