Carta de Formulação e Mobilização Política nº 1.408
Mais um prego no caixão – Análise do Instituto Teotonio Vilela
O processo de impeachment de Dilma Rousseff deu ontem mais um passo, com a leitura do parecer do relator, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). O afastamento definitivo da petista caminha para seu desfecho. O país precisa virar rapidamente esta página deplorável da sua história.
Anastasia voltou a demonstrar que Dilma não cometeu apenas delitos de somenos importância, erros nos quais qualquer governante incorre ou pecadilhos fiscais, como sustenta a defesa dela. O que a presidente afastada fez equivale a um “atentado à Constituição”, resumiu, com precisão e propriedade, o relator.
Ao longo das 441 páginas do documento, o senador mostrou como, sob os governos do PT, a burla às contas públicas transformou-se em método de gestão. Esmiuçou a maneira como Dilma e sua equipe econômica enveredaram pelo caminho de gastar ao arrepio da lei e das deliberações do Congresso. E deixou claro que instituições financeiras oficiais foram usadas para maquiar o orçamento público.
Anastasia foi além e juntou ao processo registros de várias ocasiões (os vídeos estão reunidos aqui pelo PSDB) em que ou Dilma ou algum de seus subordinados admitiam gostosamente diante dos microfones que estavam, sim, usando e abusando do dinheiro público, supostamente porque se julgavam no comando de uma missão maior: atender o povo brasileiro. Sabemos bem quem foi atendido nestes anos todos de petrolão…
Em resposta ao parecer do senador mineiro, os partidários de Dilma fizeram divulgar um “voto em separado” que faz qualquer um com senso do ridículo corar de vergonha. A peça repisa as confabulações de que a petista é vítima de um golpe e lança palavras de ordem a fim de tentar influenciar a escrita da história. O lixo será, certamente, seu destino.
Mais uma vez, para que não reste dúvida: Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade, uma penca deles, punível com a perda de mandato. É por isso, e por nada menos que isso, que ela sofrerá impeachment e deixará, de uma vez por todas, a presidência da República.
O que os procedimentos em marcha deixam claro é que o processo de impeachment em andamento no Brasil é tudo menos restritivo, como sustentam os petistas. Na verdade, há permissividade até excessiva, com trâmites longos e às vezes repetitivos, capazes de alongar em demasia – lá se vão quase três meses desde que Dilma tornou-se presidente afastada – um processo que penaliza todo o país.
O que o Brasil precisa é pôr fim o quanto antes ao processo de impeachment, acabar de vez com a experiência petista de poder e iniciar uma nova fase da nossa história. É necessário mudar o mais rapidamente possível, sob pena de prolongar uma agonia que ninguém aguenta mais – nem Dilma Rousseff.
(fonte: ITV/ foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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