Adiada
CCJ adia para esta quarta análise de recurso de Eduardo Cunha contra decisão pela cassação
O início da ordem do dia no Plenário da Câmara interrompeu o debate na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sobre o recurso apresentado pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) contra a decisão do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que aprovou processo de cassação.
“É inadmissível prorrogar essa discussão”, disse o deputado Betinho Gomes (PE), ao orientar a bancada a votar contra o requerimento apresentado pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS), de prorrogar os debates por mais 10 sessões. O resultado da votação do requerimento já dá um indicativo do que pode acontecer: por 40 votos a 11 e uma abstenção, foi mantida a análise do recurso.
O questionamento maior está na decisão do atual relator na CCJ, deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF), que acatou a tese de que as votações no Conselho de Ética precisam ser feitas por processo eletrônico, em vez de seguir direto para votação em plenário.
Em sua defesa, Eduardo Cunha, junto com o advogado Marcelo Nobre, argumentou durante duas horas e meia – mesmo tempo usado pelo relator do recurso na Comissão, deputado Ronaldo Fonseca – para afirmar que o Conselho de Ética errou.
O ex-presidente atacou: “Aqui nesta Casa há 117 deputados e no Senado Federal, 30 senadores respondendo a processo, o que, corresponde a 20% dos parlamentares. Nenhum sobreviverá. Todos serão cassados”, disse Cunha. Ele alegou perseguição política. “Vale tudo quando a gente quer cassar alguém, vale tudo quando a gente quer fazer nossa vingança política”.
A votação do recurso foi adiada para esta quarta-feira (13), às 9h30, no plenário 1.
(Reportagem: Ana Maria Mejia/ Foto: Alexssandro Loyola)
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