Abalo econômico
1º vice da Comissão de Relações Exteriores avalia decisão do Reino Unido de deixar UE
Os britânicos tomaram na quinta-feira (23) a decisão histórica de se separarem da União Europeia (UE) o bloco político e econômico que hoje congrega 28 países e do qual o Reino Unido faz parte desde 1973. O processo ainda precisa passar pelo parlamento, mas um veto pelos legisladores britânicos é considerado difícil.
Para o deputado Luiz Carlos Hauly (PR), primeiro vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, a economia mundial já dá sinais de que será profundamente abalada pela decisão dos britânicos.
Nas horas seguintes após o anúncio do resultado da votação, a libra esterlina chegou ao menor valor em relação ao dólar em 31 anos e as bolsas asiáticas amanheceram o dia em baixa. “Mas a economia mundial se abala, pode correr o risco de um efeito dominó. País a país fazer plebiscito e que prevaleça o interesse nacional de metade da população mais um”, relatou o deputado.
Com os votos dos 382 distritos do Reino Unido apurados, a opção por deixar a União Europeia venceu por 51,9% a 48,1%. O processo de saída do Reino Unido da União Europeia passa, ainda, por votação no parlamento britânico e no europeu e pode levar até dois anos.
A consulta popular registrou índice histórico de comparecimento – 72,2% do eleitorado – e recorde de 46,5 milhões de eleitores registrados. O premiê conservador, David Cameron, principal fiador do voto pró-UE, anunciou que irá renunciar ao cargo.
Cameron tentou acalmar o mercado financeiro e também os 3 milhões de imigrantes europeus que vivem no Reino Unido, garantindo que não haverá mudanças imediatas.
(Da redação com informações da Agência Câmara/foto: Alexssandro Loyola)
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