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Nova fase da Lava Jato comprova força das investigações, diz Sílvio Torres

O secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP), disse nesta quinta-feira (23) que a nova fase da Operação Lava Jato, que levou à prisão o ex-ministro petista Paulo Bernardo, é uma demonstração de que as investigações continuam.  A atuação dos órgãos envolvidos na operação que tem desbaratado o maior esquema de corrupção da história nacional desmonta o discurso petista de que as investigações seriam afetadas no governo de Michel Temer.

“Essa nova fase confirma o que já era previsto por aqueles que não tinham nenhum interesse em sabotá-la: esse é um movimento amparado não apenas por uma parte da política, mas principalmente pela sociedade”, aponta Torres. Segundo o deputado, o motor que alimenta a Lava Jato “é o grande apoio da opinião pública em diversos setores que querem efetivamente ver o Brasil superar essa seríssima fase de levantamento de investigação e de condenação daqueles que estão envolvidos com corrupção”.

Preso na manhã desta quinta-feira (23), Paulo Bernardo foi ministro do Planejamento do governo Lula e das Comunicações no primeiro governo Dilma. Ele é marido da senadora e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR). Homem de confiança de Dilma, o ex-ministro da Previdência Carlos Gabas (Previdência) foi chamado para prestar esclarecimentos.

A PF informou que o objetivo da operação é apurar o pagamento de propina referente a contratos de prestação de serviços de informática pela empresa Consist no valor de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas relacionadas a funcionários e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento.

A Operação Custo Brasil também teve como alvo o jornalista Leonardo Attuch, que administra o blog ‘Brasil 247’. Ele já havia aparecido nas investigações da Lava Jato como suspeito de ter recebido dinheiro por serviços não executados. Entre os que foram presos está Valter Correia, secretário de Gestão do prefeito Fernando Haddad, em São Paulo.

Há ainda um mandado de prisão preventivo para o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que, condenado na Lava Jato, está preso desde 2015. Outro ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, também tem mandado de prisão. Ele é marido da ex-ministra do Desenvolvimento Social no governo Dilma, Tereza Campelo, e próximo ao ex-ministro José Dirceu. Além das prisões relacionadas ao PT, policiais federais foram à sede do partido no centro de São Paulo. Os presos e o material apreendido serão encaminhados à sede da Polícia Federal, na capital paulista.

Silvio Torres afirma que o aparelhamento do Estado promovido pelos governos Lula e Dilma gerou um esquema de corrupção cheio de tentáculos. O intuito, segundo ele, sempre foi a manutenção do poder.

O deputado do PSDB afirma que, mais uma vez, Dilma e seus apoiadores mentiram ao Brasil ao usarem o discurso de que o seu impeachment iria parar a Lava Jato. “Esse discurso não se sustenta”. Para o tucano, a prisão de Bernardo, um dos mais importantes nomes dos governos Lula e Dilma, mostra que não havia limites para a atuação de quadrilhas que se instalaram no poder Executivo.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola)

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23 junho, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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