Haja má gestão!


“Profissionalização vai garantir a recuperação dos fundos de pensão das estatais sucateadas”, diz Miguel Haddad

13417688_1158735124190331_2090343484754010227_nOs esquemas de corrupção descobertos nos quatro principais fundos de pensão de estatais do país – o Petros, da Petrobras, o Postalis, dos Correios, o Funcef, da Caixa Econômica Federal, e o Previ, do Banco do Brasil – e o prejuízo de R$ 113,4 bilhões nos ativos desses fundos, apurado por CPI realizada pela Câmara, são apenas parte dos problemas enfrentados pelas entidades durante a era do PT na Presidência da República.

O principal deles, de acordo com o deputado Miguel Haddad (SP), é o aparelhamento político a que as estatais brasileiras foram submetidas durante as gestões de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. As empresas acabaram à mercê de dirigentes desqualificados e incompetentes, indicados exclusivamente para atender a interesses partidários, declarou o tucano.

“A grande verdade é que temos todas as nossas estatais com situações muito difíceis. Se você pegar a Petrobras, a empresa se encontra hoje em uma situação muito delicada. A Eletrobras, que é a segunda maior estatal do país, também. E os fundos de pensão entram nesse contexto de má gestão, sem nenhum compromisso, nenhuma responsabilidade com os resultados, e que tiveram à sua frente pessoas ligadas a partidos, ao PT”, afirmou.

“Nós estamos agora colhendo esses resultados, e quem vem pagando a conta é o povo brasileiro. O aparelhamento das instituições, compostas por amigos, sem a preocupação de buscar uma gestão de qualidade, de excelência, de bons resultados, que pudesse ajudar e estimular o desenvolvimento do país”, constatou o tucano.

Haddad destacou que uma análise mais detalhada das estatais do país, dos fundos de pensão e das instituições públicas comprova que as empresas estão aparelhadas e cheias de pessoas “que não têm as menores condições de geri-las”. Por isso, o parlamentar defendeu a profissionalização desses funcionários, dirigentes e conselheiros como medida fundamental para recuperar as instituições do país.

A profissionalização, a governança e a transparência das empresas públicas são alguns dos princípios apoiados pelos tucanos que regem a Lei dos Fundos de Pensão, já aprovada no Senado e prestes a ser votada na Câmara. O texto, um substitutivo do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, ao PLS 388/2015, estabelece novas regras para a gestão dos fundos. Entre elas, que os integrantes de diretorias executivas de fundos de pensão tenham experiência comprovada na área, e sejam escolhidos em processo seletivo público, conduzido por empresas especializadas. Também deverão ser incluídos, nos conselhos deliberativo e fiscal das entidades, conselheiros independentes.

“A profissionalização dessas empresas deve ser imersiva”, avaliou Miguel Haddad. “Todas as vezes que nós estamos frente a uma crise muito grave, isso não significa que nós não tenhamos soluções, não tenhamos opção. Temos sim: incluir no caminho a escolha de bons nomes, pessoas comprometidas, pessoas técnicas, competentes, e que visem o interesse do país”, apontou.

“A legislação exigindo pessoas experientes, pessoas que tenham capacitação técnica, que não sejam escolhidas em função do partido, da ação partidária, da sua filiação e das suas relações de amizade, vai garantir nos próximos anos a recuperação dos fundos de pensão, das estatais, que foram sucateadas, foram dilapidadas, e que serviram aos interesses partidários e dos amigos”, completou o deputado.

(Da Agência PSDB)

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17 junho, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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